A Petrobras assinou ontem (18/1), com a empresa Gás Verde S.A, contrato para a compra do Biogás Purificado, produzido na Usina de Biogás do Aterro Metropolitano de Jardim Gramacho, no Rio de Janeiro. O produto, na vazão aproximada de 200 mil m³/dia, será utilizado como insumo energético pela
Agência PetrobrasA Petrobras assinou ontem (18/1), com a empresa Gás Verde S.A, contrato para a compra do Biogás Purificado, produzido na Usina de Biogás do Aterro Metropolitano de Jardim Gramacho, no Rio de Janeiro. O produto, na vazão aproximada de 200 mil m³/dia, será utilizado como insumo energético pela Refinaria Duque de Caxias (Reduc), substituindo o gás natural, que passará a ser comercializado pela Companhia no mercado não-térmico.
Durante a assinatura, o presidente da Biogás, Manoel Avelino, destacou a inovação do projeto e a redução do consumo de gás natural pela Reduc. “O gás que hoje está sendo destinado à queima passa a ser comprimido e levado à Petrobras por um duto de 6 km, permitindo que a Reduc reduza o uso de gás natural em 10%”, detalhou.
Além de proporcionar uma oportunidade econômica de diversificação do suprimento de gás para a Refinaria, a iniciativa permitirá à Companhia desenvolver o conhecimento específico da queima de biogás purificado.
Do ponto de vista socioambiental, a compra do biogás purificado contribuirá para viabilizar o projeto de recuperação do Aterro Sanitário Metropolitano Jardim Gramacho, um dos maiores projetos mundiais inseridos no Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) da Organização das Nações Unidas (ONU).
O uso do insumo pela Reduc reduzirá as emissões atmosféricas de gases causadores do efeito estufa, destacou o diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa. “Gramacho recebe diariamente mais de sete mil toneladas de resíduos sólidos e produz cerca de dois milhões de m³ diários de chorume, um líquido de grande toxicidade gerado pela decomposição de materiais orgânicos. O projeto é um dos maiores do mundo, tão importante que foi aprovado pela Organização das Nações Unidas (ONU)”, completou.
O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, afirmou que o aterro, antes visto como um problema, passa a ser uma solução para gerar riqueza econômica. “É um exemplo de como as coisas podem funcionar de maneira sustentável”, disse. Já o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, lembrou que o metano, gás gerado pelo aterro, contribui 21 vezes mais que o CO² para o efeito estufa. Lembrando que o processo transforma um gás emissor em energia renovável, Minc reforçou que “A Petrobras mostra cada vez mais que trabalha com vários tipos de energia”.
Para o governador do Estado do Rio, Sérgio Cabral, a questão ambiental é fundamental. “Fiquei impressionado. Serão 75 milhões de m³ por ano, o equivalente ao consumo residencial do Estado do Rio. É um grande ganho para a natureza”, disse.
As metas deste projeto apoiado pela Petrobras são:
- reduzir as emissões atmosféricas de gases causadores de efeito estufa (GEE);
- tratar 2 milhões de litros/dia de chorume, substância tóxica proveniente do processo de decomposição de matéria orgânica;
- recuperar a cobertura vegetal da área do aterro, estimada em 3 milhões m²;
- contribuir para a recuperação dos manguezais adjacentes ao perímetro do aterro, com cerca de 4 km lineares;
- implantar um plano de ação social, visando à melhoria da qualidade de vida dos atuais catadores de lixo. Para isso, será utilizado um fundo social, financiado com recursos oriundos do projeto e de outros patrocinadores.
A participação da Petrobras nesse projeto reafirma seu compromisso com a sustentabilidade. Ao optar pela utilização de um combustível limpo em seu processo produtivo, a Petrobras vincula seus bons resultados à responsabilidade socioambiental.
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