O gerente geral de comercialização da Usiminas Mecânica, Paulo Sebastião Marques, admitiu que será difícil resolver a questão do aço importado pelos estaleiros responsáveis pela construção de navios para a Transpetro. Para o executivo foi criado um "estigma" a respeito da discussão.
"Não sei como isso vai resolver. Temos feito esforço de dar o preço mais baixo possível e não é importando que vamos resolver os problemas do nosso país. Como acho que tem coisa personalizada, não sei como é o caminho para resolver. Acho que o presidente da Transpetro pegou isso de empreitada e bate nessa tecla o tempo todo", frisou Marques. "A relação com a Transpetro é a melhor possível. De parte a parte, briga-se no bom sentido para se tentar a coisa mais competitiva possível e às vezes a gente consegue", acrescentou.
A Transpetro realiza as licitações para compra do aço que será utilizado na construção dos navios das duas fases do Programa de Modernização da Frota (Promef). Até o momento já foram compradas 150 mil toneladas de aço para os navios, dos quais cerca de 48 mil toneladas foram vendidas pela Usiminas, única siderúrgica brasileira a produzir as chapas grossas utilizadas nas embarcações. O restante foi comprado de siderúrgicas da China, Ucrânia e Coreia do Sul.