Energia elétrica

Neoenergia lucra R$ 305 milhões em 2004

A Neoenergia, que controla as distribuidoras de energia elétrica Coelba, Celpe e Cosern, as geradoras Itapebi e Termopernambuco, e a comercializadora NC Energia, fechou o ano de 2004 com um lucro líquido consolidado de R$ 304,8 milhões, registrando aumento de 593,5% sobre o lucro líquido de 2003

Redação
01/02/2005 02:00
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A Neoenergia, que controla as distribuidoras de energia elétrica Coelba, Celpe e Cosern, as geradoras Itapebi e Termopernambuco, e a comercializadora NC Energia, fechou o ano de 2004 com um lucro líquido consolidado de R$ 304,8 milhões, registrando aumento de 593,5% sobre o lucro líquido de 2003, de R$ 43,9 milhões. A receita operacional líquida foi de R$ 4,1 bilhões, o que significou um crescimento de 17,4% em relação aos R$ 3,4 bilhões verificados em 2003. O EBITDA ficou em R$ 1,4 bilhão, 35,9% maior que o do exercício anterior, que foi de R$ 1,1 bilhão.
O desempenho da Neoenergia em 2004 foi decorrente dos resultados positivos das seis empresas controladas. Na distribuição, a Coelba registrou lucro líquido de R$ 344,1 milhões (R$ 165,7 milhões em 2003), resultado que também inclui sua participação na Cosern e o ganho de R$ 57,4 milhões com a desverticalização de Itapebi. A Celpe teve lucro de R$ 76,6 milhões (R$ 97,9 mihões em 2003) e a Cosern R$ 112,8 milhões (R$ 57,8 milhões em 2003). Na geração, a hidrelétrica de Itapebi obteve lucro de R$ 60,4 milhões (R$ 14,5 milhões em 2003) e a termoelétrica Termopernambuco lucro de R$ 76,9 milhões em seu primeiro ano de operação. Na comercialização, a NC Energia fechou o ano com lucro de R$ 24 milhões (R$ 12,9 milhões em 2003).
O exercício de 2004 foi marcado pela eleição da nova Diretoria Executiva e pelo estabelecimento do novo modelo de gestão e governança da Companhia e suas controladas, bem como pela definição do novo nome da holding, que em outubro mudou de Guaraniana S/A para Neoenergia S/A. O novo modelo de gestão visou principalmente efetuar o equacionamento financeiro, melhorar os indicadores de qualidade com justa rentabilização dos ativos e preparar o Grupo para o crescimento. Os destaques do ano foram a melhoria significativa no perfil do endividamento, que reduziu as dívidas de curto prazo de R$ 2,4 bilhões em 2003 para R$ 484 milhões em 2004, com emissão de debêntures no total de R$ 1,1 bilhão, e a entrada em operação comercial da usina termelétrica Termopernambuco em maio de 2004.

Distribuição - O Grupo encerrou o ano com um total de 7 milhões de consumidores, apresentando um crescimento de 6,5% em relação ao ano anterior e ampliou seu mercado em 2,2%, registrando fornecimento consolidado de energia elétrica de 20.258 GWh. Individualmente, o crescimento de mercado foi positivo para a Coelba e para a Cosern, com aumento de 3% para cada empresa, tendo a Celpe fechado o exercício com retração de 2% de seu mercado cativo.
O desempenho operacional das empresas do Grupo Neoenergia em 2004 foi positivo. A Coelba obteve melhora no índice de duração equivalente de interrupção (DEC) e no índice de freqüência das interrupções (FEC). A Cosern manteve seu excelente desempenho desconsideradas as falhas ocasionadas fora do seu sistema de distribuição. Já a Celpe apresentou elevação nos seus indicadores em função do aumento de 41% volume de chuva ocorrida no estado, onde em diversos municípios foi decretado estado de calamidade pública.
Em 2004, o Grupo Neoenergia intensificou as ações para combate às perdas, melhorando a gestão comercial e do faturamento, aumentando as inspeções nas unidades consumidoras, substituindo padrões de fornecimento e realizando campanhas internas e externas contra ligações clandestinas. O índice de perdas, que mede a diferença entre energia comprada e faturada, reduziu na Coelba, passando de 15,2% em 2003 para 14,8% em 2004. Na Cosern, o índice registrou pequena redução de 0,5%. Não obstante o esforço empreendido, as perdas na Celpe apresentaram um aumento de 17,8% para 19,4% decorrente principalmente da auto-religação dos clientes cortados por débito e reincidência em fraude de energia.
Na Coelba o índice de arrecadação em relação ao faturamento manteve seu excelente desempenho passando de 98% para 98,2%. Na Cosern houve uma melhora de 90,6% em 2003 para 97,3% em 2004. A Celpe conseguiu reverter a ação judicial que impedia a ação de corte em cliente residencial, melhorando bastante o seu índice de arrecadação, que passou de 87,3% em 2003 para 95,1% em 2004.
Em 2004, a Coelba realizou investimentos de R$ 279,1 milhões, a Celpe R$ 140,1 milhões e a Cosern R$ 50,9 milhões. Parte dos investimentos do Grupo foi destinada ao Programa Luz para Todos, implantado com recursos próprios e dos governos federal e estadual. As obras do Programa foram iniciadas no segundo semestre do ano passado, tendo até o fim do ano 15 mil novas ligações finalizadas e 61 mil em andamento.

Geração - Em 2004, o Grupo Neoenergia destacou-se na atividade de geração, com a entrada em operação em maio da usina termelétrica Termopernambuco, movida a gás natural, com potência líquida de 520 MW, capaz de suprir a demanda energética de uma região metropolitana do porte da cidade de Recife. O empreendimento recebeu investimentos de R$ 58,1 milhões em 2004 para conclusão das obras.

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