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Lula vai a Bruxelas em busca de investimentos nos portos

O Governo brasileiro assinou ontem um memorando de cooperação técnica com a Bélgica para tentar atrair investimentos em logística de portos, um setor em que o País precisa fazer pelo menos 265 obras ao custo de R$ 43 bilhões. A Bélgica é

A Tribuna - SP
06/10/2009 09:12
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O Governo brasileiro assinou ontem um memorando de cooperação técnica com a Bélgica para tentar atrair investimentos em logística de portos, um setor em que o País precisa fazer pelo menos 265 obras ao custo de R$ 43 bilhões. A Bélgica é dona do segundo porto da Europa e o quinto maior do mundo, em Antuérpia. Os investimentos portuários estão na lista dos principais temas da visita de Estado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que teve início ontem em Bruxelas.

 

"Nossa cooperação no setor portuário é uma vertente importante no relacionamento bilateral e deverá se expandir com a assinatura de um memorando de entendimento sobre cooperação na área de logística portuária", disse o presidente durante o encontro com o primeiro ministro belga, Herman Van Rompuy. O memorando prevê troca de tecnologia de gestão, planejamento, infraestrutura e equipamentos para o setor de portos.

Hoje, enquanto o presidente visita o parlamento belga e, depois, almoça com o rei Alberto II no Palácio de Laeken, um grupo de 67 empresários brasileiros ­ pelo menos 20 deles ligados diretamente ao transporte marítimo e fluvial ­ se reúne com empresários e representantes do governo belga para tratar do tema.

No final da manhã, o secretário especial dos Portos, Pedro Brito, fará uma apresentação sobre as leis brasileiras e as modalidades de investimento possíveis para o setor no Brasil. Serão mostrados, ainda, projetos de portos brasileiros ­ como a expansão doporto de Vitória (ES), que precisa de um investimento de R$ 128 milhões ­ e de corredores hidroviários.

Desde 2007, o Governo brasileiro tem tentado atrair investimentos estrangeiros para o setor. De lá para cá, dez das maiores cidades portuárias do mundo, incluindo Hamburgo, Cingapura e Nova Iorque, foram visitadas por missões comerciais brasileiras na tentativa de obter recursos para a modernização dos porto do País.

O Governo quer atrair investidores belgas não apenas para as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), mas também para a exploração do pré-sal e para a infraestrutura da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016. À noite, Lula embarca para Estocolmo (Suécia), onde participa da Cúpula Brasil União Europeia.

Ainda ontem, para elogiar o Brasil e as medidas que o Governo tomou no enfrentamento da crise financeira internacional deflagrada em setembro do ano passado, o primeiro-ministro belga Herman Van Rompuy incluiu no dicionário econômico a "marolinha" do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O elogio e a citação da "minúscula onda" foram feitos no discurso de boas-vindas ao presidente Lula, no castelo de Val Duchesse.

"A crise financeira afetou todos nós, mas a força do seu sistema bancário, a capacidade do seu mercado interno e as medidas que seu Governo tomou minimizaram o efeito no Brasil. E então o tsunami foi reduzido a uma 'minúscula onda', como você mesmo disse", afirmou o primeiro-ministro Rompuy. Lula deu a declaração no final de 2008, afirmando que a crise financeira seria um tsunami nos EUA, mas chegaria como uma "marolinha" ao Brasil. Na época foi muito criticado, dentro e fora do País.

No embalo da descontração do encontro, Rompuy fez um pedido especial a Lula: apesar do futebol sem grandes estrelas, a Bélgica quer, junto com a Holanda, sediar a Copa do Mundo de 2018.

No discurso, o governo belga fez uma promessa: apoiar as pretensões brasileiras de uma cadeira no Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU).

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