A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) bateu seu recorde de licenciamentos de tecnologia, chegando a somar R$ 724 mil em royalties. A instituição apresenta, tradicionalmente, resultados muito fortes na proteção de sua propriedade intelectual - principalmente por meio de patentes - e manteve seu posicionamento em 2011, com 66 pedidos de patentes depositadas no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), próximo ao recorde histórico de 2005, com 67 pedidos de patentes no ano.
O número corresponde a um aumento de 29,4% no total de pedidos em relação a 2010. De acordo com a diretora de propriedade intelectual e transferência de tecnologias da Agência de Inovação Inova Unicamp, Patricia Magalhães de Toledo, os resultados positivos refletem o trabalho de planejamento que incluiu diversas mudanças para facilitar a interação com os pesquisadores da Unicamp e empresas.
Entre as melhorias que influenciaram os resultados está a disponibilização do novo Sistema de Comunicação de Invenção on-line, que permite realizar toda a interação com o pesquisador em um sistema web. Isto facilita o início do processo de pedido de patente na universidade.
Roberto de Alencar Lotufo, diretor executivo da agência, reforça que a atuação da Unicamp no ambiente de inovação é mais ampla e que o pedido de patente é apenas o início do processo para que a tecnologia se transforme em inovação. “O principal objetivo da proteção da pesquisa acadêmica por meio de patentes é o de aumentar as chances de que os resultados das pesquisas feitas na universidade gerem inovação, isto é, se convertam em produtos e serviços para o bem da sociedade”, disse.
Neste sentido ele destaca dois indicadores como diferenciais: o de número de contratos de licenciamentos de tecnologia firmados com empresas e o de royalties recebidos em função destes licenciamentos. O primeiro passou de sete, em 2010, para 10 em 2011, e o segundo cresceu de R$ 191 mil para R$ 724 mil no mesmo período.