São Paulo

Volume de carga cresce na Hidrovia Tietê-Paraná

<P>A diversificação na pauta de produtos transportados impulsionou o crescimento de 13% no volume de carga transportada na Hidrovia Paraná-Tietê em 2006 sobre o ano anterior. A meta era 10%, segundo o Departamento Hidroviário de São Paulo. A expectativa para 2007 é manter o ritmo de expansão...

Jornal do Commercio
12/02/2007 00:00
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A diversificação na pauta de produtos transportados impulsionou o crescimento de 13% no volume de carga transportada na Hidrovia Paraná-Tietê em 2006 sobre o ano anterior. A meta era 10%, segundo o Departamento Hidroviário de São Paulo. A expectativa para 2007 é manter o ritmo de expansão baseado na produção de cana-de-açúcar e na construção de usinas na região de Araçatuba, no Oeste Paulista.

Para tornar esse crescimento economicamente mais atraente para os usuários da Hidrovia Tietê-Paraná, a instituição conta com investimentos ferroviários e na construção de um duto, em parceria com a Petrobras, para o transporte de etanol para Paulínia - cidade na região de Campinas onde há importantes indústrias petroquímicas - e para o Porto de Santos, fechando um corredor de exportação do produto. O conceito intermodal é muito importante para a Secretaria de Transportes e nós dependemos disso, pois não temos um corredor completo apenas hidroviário, destaca o diretor do Departamento Hidroviário, Oswaldo Rossetto Júnior.

No ano passado, a hidrovia transportou 3,95 milhões de toneladas de produtos, a maior parte em soja e derivados, cana e derivados, madeira e material para construção, como areia, cascalho e pedras. Além desses produtos, houve um aumento expressivo no transporte de trigo. Para Rossetto, além do aumento na quantidade (em 2000, era de apenas 1 milhão de toneladas), a diversificação dos produtos também é importante.

Ele lembra que a cultura do transporte por rios no Brasil ainda é muito recente e depende de uma divulgação de suas vantagens e na confiança dos investidores no setor. Damos consultoria para empresários, que querem saber onde podem instalar suas usinas e como podem aproveitar melhor o nosso sistema de transporte, além de que empresas podem carregar seu produto, explica Rossetto.

No ano passado, o investimento apenas do setor público paulista na hidrovia foi de R$ 10 milhões. Neste ano, a expectativa é que fique em torno de R$ 15 milhões. A maior parte do valor deve ser investida na ampliação de vãos e na proteção a pilares, além do aumento da profundidade em determinados trechos e na modernização do monitoramento, controle e fiscalização da via.

Esse trabalho é importante, segundo ele, para reduzir os desmembramentos dos comboios e, conseqüentemente, tornar o transporte mais barato e eficiente. Desde 2000, o número de barcaças com um único motor subiu de 2 para 6, o que significa um aumento na carga de 2,5 mil tonelas para 9 mil toneladas transportadas em cada um desses comboios. Além disso, as barcas podiam ficar com no máximo 2,5 metros abaixo d'água e agora o valor pode chegar a 2,9 metros. A meta é que nesse ano passe para 3 metros. Cada centímetro significa mais 40 toneladas em um combio, diz Rossetto.

Além dos dutos, são considerados projetos importantes a expansão das ferrovias para as regiões de Anhembi, Conchas e Santa Maria. Com isso, a mercadoria que segue por trens poderia sair da hidrovia mais próxima da capital. Atualmente, nessas regiões é descarregado o produto que seguirá em caminhões, enquanto o que continuará em trens tem de sair da hidrovia em Pederneiras, mais no interior do Estado.

Outra proposta tida como prioritária é a expansão hidroviária, ligando o Rio Piracicaba à hidrovia. Segundo Rossetto, metade do que é transportado pelas hidrovias segue viagem nos trens e metade em caminhões. Todas essas propostas são importantes para a redução do Custo Brasil e do Custo São Paulo, aumentando a competitividade do produto brasileiro no exterior, opina.

O principal produto de longo percurso levado pela hidrovia é a soja, vinda principalmente de Goiás.

Fonte: Jornal do Commercio

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