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Vale investirá US$ 563 milhões na Companhia Siderúrgica de Pecém

Diário do Nordeste
29/11/2011 13:46
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A Vale prevê investir, no próximo ano, um montante de US$ 563 milhões na CSP (Companhia Siderúrgica de Pecém), a ser instalada em São Gonçalo do Amarante. O valor corresponde apenas ao aporte que será disponibilizado pela mineradora. Como a CSP é uma joint-venture da Vale (que tem participação de 50%), em parceria com a Dongkuk (30%) e a Posco (20%), o investimento total será, naturalmente, maior. A informação está presente no orçamento da Vale para o ano que vem, divulgado ontem (28). Atualmente, a CSP, que é a primeira indústria incluída na Zona de Processamento de Exportação (ZPE) do Pecém, está em fase de terraplanagem.

O empreendimento já conta com a Licença de Instalação (LI) para a construção da usina, tanto da primeira fase, quanto da segunda, na qual a capacidade de produção irá dobrar. Com a expansão concluída, a planta se tornará a maior usina siderúrgica do Brasil.

A siderúrgica cearense envolve um investimento de US$ 4,4 bilhões, em sua primeira fase. Quando concluída a segunda fase, a usina será responsável pela ampliação do atual PIB (Produto Interno Bruto) da indústria cearense em 48%, elevando a atual economia no Ceará em 12%. A CSP e a refinaria da Petrobras, Premium II, juntas, poderão responder por 60% do PIB do estado.


Produção

Como ficará instalada na ZPE, a CSP poderá destinar 20% de sua produção ao mercado interno. Este percentual representa, exatamente, a participação acionária que a brasileira Vale terá sobre a produção da usina. Essa parcela representa 600 mil toneladas de placas anuais na primeira fase e 1,2 milhão na segunda, quando será ampliada.

Já o restante da produção está dividido entre as sócias sul-coreanas do empreendimento, Posco (30%) Dongkuk (50%). No total, serão 12 milhões de placas de aço por ano, após o incremento. A Dongkuk levará sua parcela à laminação em suas usinas da Coreia do Sul e a Posco pretende vender as placas para o México, segundo adiantou o governador.


Laminadoras

Para fortalecer o futuro polo metal-mecânico, o estado espera atrair duas indústrias laminadoras, que fazem o trabalho final da cadeia siderúrgica, transformando placas de aço em chapas de aço, utilizadas em montadoras de veículos, indústrias de eletrodomésticos de linha branca, estaleiros, entre outros.

Um dos possíveis investidores, o grupo espanhol Añon, já assinou, inclusive, um protocolo de intenções com o governo cearense. A planta, avaliada em R$ 200 milhões, contaria com 10% do investimento por parte do governo estadual, que seria sócio do empreendimento.


Expansão orgânica será foco em 2012

Do orçamento total previsto para 2012 no país, a Vale pretende alocar 71,5% em crescimento orgânico e a outra parte em manutenção das operações existentes. O crescimento orgânico se dará principalmente por projetos, que responderão por US$ 12,9 bilhões - ou 60,5% do total de US$ 21,4 bilhões previstos para o ano que vem; e também via pesquisa e desenvolvimento (P&D), com US$ 2,4 bilhões, ou 11%.

O aporte total para o próximo ano é 10,8% inferior ao que foi investido em 2011.

Por área de negócio, os investimentos priorizarão minerais ferrosos, com 46,7%; seguidos por metais básicos, com 21,6% do total; fertilizantes, com 9,6%; e carvão, com 8,9%. O segmento de energia vem na sequência, com 3,6% dos gastos. Por sua vez, os investimentos em siderurgia para 2012 responderão por uma fatia de 2,9%. Já a área de logística para carga geral receberá 2,4% dos recursos.


Projetos internacionais

Na divisão geográfica, o Brasil responde por 63,7% do orçamento, seguido por Canadá, com 11,7%; África, com 9,1%; demais países da América do Sul, 6,0%; Ásia, 5,7%; Australásia, 3,3%; e "outros", 0,5%.

A Vale anunciou em seu plano de investimentos para 2012 que a produção esperada de minério de ferro é de 312 milhões de toneladas métricas.

O dado é ligeiramente superior à meta para 2011, de atingir produção de 310 milhões de toneladas. No ano passado, a produção da Vale foi de 307,795 milhões de toneladas.

A marca de 312 milhões de toneladas confirma a projeção dada pelo diretor executivo de Marketing, Vendas e Estratégia, José Carlos Martins, em teleconferência sobre os resultados da companhia no terceiro trimestre.

Para os demais produtos, a expectativa de produção em 2012 para pelotas é de 50 milhões de toneladas; carvão, 16,6 milhões; níquel, 300 mil; cobre, 340 mil; potássio, 650 mil; e rocha fosfática, 8 milhões de toneladas.
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