<P>O sonho de trabalhar nos empreendimentos que estão sendo construídos em Suape, como o Estaleiro Atlântico Sul (EAS) e a Refinaria Abreu e Lima, levou milhares de candidatos, ontem, a fazerem a prova do Programa de Reforço de Escolaridade, que dará aulas de português e matemática para capac...
Jornal do Commercio/PEO sonho de trabalhar nos empreendimentos que estão sendo construídos em Suape, como o Estaleiro Atlântico Sul (EAS) e a Refinaria Abreu e Lima, levou milhares de candidatos, ontem, a fazerem a prova do Programa de Reforço de Escolaridade, que dará aulas de português e matemática para capacitação para as vagas que serão abertas. O total de inscritos foi de 7.265 e a maior parte (5.242) era formada por pessoas entre 18 anos (idade mínima) e 29 anos. De acordo com a organização das provas, compareceram 6.440 candidatos.
As provas foram aplicadas em Jaboatão dos Guararapes, Moreno, Escada e Cabo de Santo Agostinho. Em Escada, um grupo de alunos fez um cursinho específico para a prova, que tinha conteúdo de 4ª série. “Arrumamos um grupo de quase 100 alunos e estudamos só para essa prova”, disse Wilma Suzana da Rocha, 24 anos. Desempregada, ela espera uma oportunidade para trabalhar em qualquer função no estaleiro.
O programa é resultado de uma parceria entre o governo do Estado e as prefeituras do entorno de Suape. No total, estão sendo investidos R$ 3,7 milhões no reforço de escolaridade de 5 mil alunos. O resultado será divulgado dia 27 e as aulas começarão no primeiro dia de outubro. Serão 50 dias de aulas de reforço de escolaridade e depois, de acordo com a qualificação dos alunos durante esse período, parte será enviada para um nivelamento técnico de dois meses e depois qualificação profissional de quatro meses, voltado inicialmente para as vagas geradas pelo estaleiro.
Três mil pessoas serão selecionadas com a prova de ontem. Outras 2 mil já passaram por seleção pela Prefeitura de Ipojuca. Segundo a coordenadora do projeto, Cantaluce Lima, da Secretaria de Educação do governo do Estado, mesmo quem não for diretamente aproveitado pelo estaleiro terá outras chances. “Esse pessoal todo será preparado para os novos empreendimentos. A gente vai formar um banco de dados”, adianta. O estaleiro vai precisar de até 5 mil funcionários, boa parte deles de soldadores. A Refinaria Abreu e Lima precisará de até 20 mil pessoas durante o período de obra.
Cantaluce Lima destacou que a prova foi tranqüila, com uma abstenção dentro do esperado para uma seleção. Faltaram 825 candidatos, mas a abstenção foi em grande parte motivada por pessoas que chegaram pouco após o fechamento dos portões, que estavam sem identificação ou ainda que tentaram entrar com celular -- o que era proibido pelo edital. Na Escola Barão de Suassuna, em Escada, cinco inscritos não conseguiram fazer prova por terem chegado pouco após o fechamento do portão. “Isso não é justo. Eu fui na sexta-feira para Ipojuca deixar currículo nas empresas de Suape e demorei um pouco a chegar aqui”, reclamou Angela Maria Angelo, 35, que não conseguiu entrar.
O maior número de faltas ocorreu dentro do Cabo, onde 595 pessoas não fizeram a prova. As reclamações ficaram por conta da proibição do celular e de levar o gabarito da prova. “Não poder levar o gabarito é errado”, protestou José Valdésio Alves, 27, que fez prova no Cabo. “Foi fácil, só tive dúvida em uma questão. Mas por ser tão fácil a gente teme uma casca de banana”, afirmou Alves, que trabalha como zelador.
Fonte: Jornal do Commercio/PE
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