Redação TN Petróleo/Assessoria
Em seminário realizado na terça-feira (16), o diretor geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Rodolfo de Saboia falou que a agenda da agência reguladora prevê uma série de medidas para o setor de biocombustíveis no país, e que nos últimos três anos, o governo realizou grande transformações a começar pela transição da matriz energética para a economia de baixo carbono, dentre elas, o RenovaBio.
Ele ainda falou da necessidade de parcerias para o desenvolvimento do setor e adiantou que o Ministério de Minas e Energia (MME), está trabalhando numa minuta que estabelece diretrizes para os combustíveis do futuro a ser aplicado em investimento em pesquisa, inovação e desenvolvimento em células de combustíveis, e ainda o desenvolvimento em larga escala de etanol de segunda geração.
Saboia falou da geração de empregos pelo setor sucroenergético com a produção de etanol, e ao destacar a importância do RenovaBio informou que vem sendo alicerçado nos últimos 3 anos, onde já receberam certificação 249 produtores.
Conhecedor do estado da arte da engenharia automotiva, o engenheiro Ricardo Abreu também participou do Seminário Combustíveis Renováveis, organizado pelo Sindicato dos Combustíveis da Bahia (Sindicom Ba).
Segundo ele, o aquecimento global é tão importante e tão dramático, e está ocorrendo tão rápido, que não é mais o momento de ficar discutindo qual que é melhor, veículo elétrico ou de biocombustível. Comparou o fenômeno a Covid-19, e disse que é preciso achatar a curva agora. "Se deixarmos a temperatura subir, pode não adiantar mais. A floresta que virou deserto não volta mais a ser floresta", destacou.
Na opinião dele, em motores tradicionais de combustão interna não existe motores com emissão zero de carbono, mas sim uma busca pelo impacto zero no meio ambiente, de modo a conter o impacto no planeta.
Ao falar sobre os biocombustíveis defendeu ser uma solução acessível para o país, e avalia que veículo elétricos, por exemplo, poderão ser utilizados em corredores de transporte das grandes capitais, mas que não seriam indicados para ser utilizados em toda frota no país, pelo alto custo do investimento de implantação (1,5 trilhão de reais).
Abreu acredita que o caminho será o uso de várias fontes de energia simultaneamente, aliado ao empenho tecnológico na produção de energias limpas, sustentáveis e de baixo custo, até o momento em que o mundo poderá abrir mão definitivamente dos combustíveis fósseis.
Para o presidente do Sindicato da Indústria de Fabricação de Álcool na Paraíba (Sindalcool), Edmundo Barbosa, abastecer com etanol é a escolha consciente para o desenvolvimento sustentável. O etanol já contém o hidrogênio para alimentar as células combustível que as montadoras estão desenvolvendo e conta com distribuição nacional, gera milhares de empregos e contribui para a conservação do solo. "O RenovaBio trouxe a possibilidade de emissão de certificados de descarbonização pelas usinas certificadas e trouxe mais investimentos", lembrou.
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