PD&I

Shell Brasil, USP, IPT e Fapesp criam Centro de Pesquisa voltado para estudar o futuro da indústria offshore

O Centro de Inovação em Tecnologia Offshore (OTIC) reúne competências para desenvolver tecnologias que permitirão a operação da indústria de óleo e gás cada vez mais sustentável, eficiente e segura.

Redação TN Petróleo/Assessoria
15/06/2024 09:53
Shell Brasil, USP, IPT e Fapesp criam Centro de Pesquisa voltado para estudar o futuro da indústria offshore Imagem: Daniel Antônio/Agência FAPESP) Visualizações: 1689 (0) (0) (0) (0)

Em cerimônia, nesta tarde (12 de junho), a Universidade de São Paulo - USP, o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e a Shell Brasil realizaram o lançamento do novo Centro de Inovação em Tecnologia Offshore (OTIC, Offshore Technology Innovation Centre). Com investimento total de R$ 163 milhões ao longo de 5 anos – em recursos financeiros e não financeiros - o Centro terá como missão contribuir para o futuro da indústria offshore, com a geração de conhecimentos para viabilizar a exploração sustentável e eficiente de recursos do oceano, num contexto de transição energética e transformação digital no mundo.  O evento de inauguração do OTIC ocorreu no Digital LAB, da USP, e contou com a presença de autoridades e pesquisadores.

Com mais de 250 pesquisadores envolvidos, o OTIC inicia com um portfólio de 24 projetos de pesquisa e desenvolvimento financiados pela Shell Brasil e pela Fapesp. A Shell Brasil investirá aproximadamente R$ 49 milhões por meio da cláusula em PD&I (Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação) da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

"A Shell está comprometida com a transição energética. Esse é um movimento imperativo para o mundo, e a jornada para a transformação da indústria offshore deve ser feita com planejamento, de forma segura, acessível e sustentável, de modo a diversificar e expandir as fontes de energia disponíveis. Nosso investimento dá início a um portfólio de projetos de pesquisa voltados para a descarbonização da indústria e a otimização das operações, contribuindo para o futuro da indústria offshore", diz Olivier Wambersie, gerente-geral de Tecnologia e Inovação da Shell Brasil.

O OTIC é formado por cinco programas técnicos que se interconectam: Novos Processos e Operações, Energia de Baixo Carbono, Novos Materiais e Nanotecnologia, Segurança das Pessoas, do Meio Ambiente e Economia Circular, e Transformação Digital. Cada uma destas áreas tem potencial para gerar tanto soluções práticas e de curto prazo, quanto aquelas soluções disruptivas e transformadoras da indústria offshore no longo prazo.

"O OTIC se beneficia do conhecimento gerado no Brasil, especialmente nos centros de pesquisa das universidades brasileiras, para propor soluções aos desafios da indústria de óleo e gás. Com sua reconhecida capacidade neste setor, as soluções desenvolvidas no Brasil impactam positivamente a cadeia produtiva e ajudam a construir o futuro da indústria offshore", diz Marco Antonio Zago, presidente da FAPESP.​

De acordo com Gustavo Assi, professor da USP e vice-diretor científico do projeto, a indústria offshore de energia passará por um intenso processo de transformação, apoiado na transição energética e na digitalização. "Gerar mais energia com menos emissões de gases de efeito estufa nos impõe desafios tecnológicos, mas também nos dá a oportunidade de desenvolver novas formas de geração de energia limpa, e realmente construir o offshore do amanhã", afirma Gustavo. O OTIC terá um papel fundamental nessa jornada, pois aproximará a indústria, o governo e a academia para gerar conhecimento científico e tecnológico para descarbonizar o setor offshore e prover uma operação mais segura e eficiente tanto para as pessoas quanto para o meio ambiente.

"O OTIC reúne pesquisadores qualificados para responder às principais questões do offshore do amanhã, desenvolvendo tecnologia de vanguarda para o setor offshore, disseminando conhecimento na sociedade e oferecendo suporte qualificado para o desenvolvimento de políticas públicas que promovam a transição para uma economia de baixo carbono", defende Kazuo Nishimoto, professor da USP e diretor científico e executivo do projeto. O Centro "se beneficia do conhecimento gerado no Brasil, especialmente nos centros de pesquisa das universidades brasileiras, para propor soluções aos desafios da indústria de óleo e gás. Com sua reconhecida capacidade neste setor, as soluções desenvolvidas no Brasil impactam a cadeia produtiva e ajudam a construir o futuro da indústria offshore".

"O programa de Novos Materiais & Nanotecnologia é transversal e sua importância está diretamente ligada a todos os outros, uma vez que qualquer desenvolvimento do OTIC passa por uma reavaliação dos materiais utilizados que devem ser selecionados levando em consideração o desempenho, a durabilidade, a reciclabilidade e a sustentabilidade", explica a pesquisadora do Laboratório de Corrosão e Proteção do IPT, Zehbour Panossian. "Esse programa ficou sob a responsabilidade do IPT pelo reconhecimento dos idealizadores do OTIC da capacidade da instituição no desenvolvimento e caracterização de materiais. O Instituto possui atualmente uma infraestrutura e corpo técnico inquestionáveis para o desafio de desenvolver materiais sustentáveis: a Unidade de Materiais Avançados, juntamente com a Unidade de Bionanomanufatura, já desenvolveram vários projetos conjuntos de grande impacto - patenteados, testados e aprovados - para o setor de O&G".


Sobre a Shell - Há mais de 110 anos no país, a Shell é uma empresa de energia integrada com participação em Upstream, no Novo Mercado de Gás Natural, Trading, Pesquisa & Desenvolvimento e no Desenvolvimento de Energias Renováveis, com um negócio de comercialização no mercado livre e produtos ambientais, a Shell Energy Brasil. Aqui, a distribuição de combustíveis é gerenciada pela joint-venture Raízen, que recentemente adquiriu também o negócio de lubrificantes da Shell Brasil. A companhia trabalha para atender à crescente demanda por energia de forma econômica, ambiental e socialmente responsável, avaliando tendências e cenários para responder ao desafio do futuro de energia. A Shell é hoje a companhia privada que mais investe na inovação do setor no país, de acordo com ranking da ANP. Anualmente, são investidos aproximadamente R$ 500 milhões em PD&I, sendo 70% da verba destinada a projetos voltados para a descarbonização e a eficiência da indústria offshore, com recursos provenientes da cláusula de PD&I da ANP. 


Sobre a USP - Criada em 1934, USP é uma universidade pública, mantida pelo Estado de São Paulo e ligada à Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação. O talento e dedicação dos docentes, alunos e funcionários têm sido reconhecidos por diferentes rankings mundiais, criados para medir a qualidade das universidades a partir de diversos critérios, principalmente os relacionados à produtividade científica.

Esse desempenho, gerado ao longo de mais de oito décadas de uma intensa busca pela excelência, permite à USP integrar um seleto grupo de instituições de padrão mundial. Sua graduação é formada por 183 cursos, dedicados a todas as áreas do conhecimento, distribuídos em 42 unidades de ensino e pesquisa, com mais de 58 mil alunos. A pós-graduação é composta por 239 programas, com cerca de 30 mil matriculados. Atualmente, a USP é responsável por mais de 20% da produção científica brasileira.


Sobre o IPT - O IPT, Instituto de Pesquisas Tecnológicas, cria e aplica soluções tecnológicas para setores da economia, governos e sociedade em apoio à superação de desafios. Vinculado ao Governo do Estado de São Paulo, colabora para o desenvolvimento nacional desde 1899. Com infraestrutura laboratorial de ponta e equipes multidisciplinares altamente capacitadas, atua em quatro grandes áreas: pesquisa, desenvolvimento & inovação; serviços tecnológicos; serviços metrológicos; e educação em tecnologia. Realiza ensaios, análises, calibrações e certificações; monitoramento, inspeção e consultoria para resolução de problemas; e desenvolve produtos e processos. Moderno e interdisciplinar conta com programas de inovação aberta e de aceleração tecnológica atendendo desde startups a grandes corporações, apoiando seu negócio com o mapeamento de linhas de fomento e conectando seus desafios com ICTs e universidades.


Sobre a Fapesp - A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo é uma das principais agências de fomento à pesquisa científica e tecnológica do país. Com autonomia garantida por lei, a FAPESP está ligada à Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado de São Paulo. Com um orçamento anual correspondente a 1% do total da receita tributária do Estado, a FAPESP apoia a pesquisa e financia a investigação, o intercâmbio e a divulgação da ciência e da tecnologia produzida em São Paulo. 

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