Petroquímica

Setor químico investirá US$ 1,1 bi em 2005


10/12/2004 02:00
Visualizações: 91

A Abiquim estima que a receita líquida crescerá 23,3% neste ano, atingindo R$ 172,9 bilhões. Os investimentos previstos pela indústria química para os próximos anos vão ficar estáveis. Os fabricantes de produtos químicos de uso industrial projetam aplicar US$ 1,13 bilhão no ano que vem. Para 2006, o volume de investimentos chega a US$ 920 milhões. Os dados fazem parte de levantamento da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim).
"É pouco, mas é contínuo", disse o presidente da Abiquim, Carlos Mariani. Nos últimos cinco anos, os fabricantes de produtos químicos de uso industrial - resinas, adesivos e fertilizantes - investiram ao redor de US$ 1 bilhão por ano.
Os números compilam os investimentos informados pelas empresas à entidade. Excluem, por exemplo, intenções ainda não efetivadas, como a unidade de polipropileno planejada pela Petrobras em Paulínia (SP).
A indústria química deve registrar seu melhor resultado em vendas e produção neste ano. Com a indústria atingindo seu limite de capacidade, o déficit comercial do setor voltou a aumentar.
A dúvida continua sendo a ampliação da oferta. "Há vários condicionantes para os investimentos", disse Mariani. "No caso da petroquímica, a principal é a disponibilidade de matéria-prima."
Ao decorrer deste ano, a indústria petroquímica não ampliou significativamente sua oferta, lembrou. De um modo geral, a indústria química passou a utilizar 86% de sua capacidade produtiva, acima dos 82% registrados em 2003.
Fabricantes de produtos petroquímicos básicos, de elastômeros e de intermediários para fertilizantes ocuparam a quase totalidade de sua capacidade. Alguns projetos para expansão destes segmentos já foram anunciados, mas a maior parte da oferta deve chegar ao mercado apenas em 2006.
Para 2005, o principal aumento de oferta petroquímica virá da Rio Polímeros, que entra em operação em abril e ofertará 540 mil toneladas de polietileno - resina usada pela indústria de plástico.
Estimativas da Abiquim indicam que a receita líquida do setor crescerá 23,3% e atingirá R$ 172,9 bilhões neste ano. Em dólar, as vendas vão chegar a US$ 58,7 bilhões - alta de 28,7%. Os números são os melhores desde o começo da série histórica iniciada pela entidade em 1990. A produção e as vendas no mercado interno devem crescer 6,7% e 6,2%, respectivamente, sobre 2003. Por conta da expansão do agronegócios, a receita com defensivos agrícolas e adubos e fertilizantes praticamente dobrou.
As importações de produtos químicos de uso industrial responderam por uma parte do abastecimento doméstico. As compras externas vão aumentar 31,5%, alargando o déficit comercial do setor.
A Abiquim projeta que as importações devem superar as exportações em US$ 8,5 bilhões, contra US$ 6,2 bilhões em 2003. A entidade atribuiu a maior parte do aumento às compras por parte da indústria farmacêutica.
"As importações foram recordes, mas representam a realidade da atividade econômica", disse Mariani. A Abiquim encomendou um estudo para identificar setores consumidores de produtos químicos que exportam produtos com maior valor agregado.

Mais Lidas De Hoje
Veja Também
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.

20