O presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Luiz Aubert Neto, disse nessa quinta-feira que o setor luta para que seja criado um índice definindo uma fatia de aquisição de equipamentos nacionais para a explor
Jornal do CommercioO presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Luiz Aubert Neto, disse nessa quinta-feira que o setor luta para que seja criado um índice definindo uma fatia de aquisição de equipamentos nacionais para a exploração do pré-sal pela Petrobras. "Estamos brigando para que haja um índice de participação de conteúdo local", disse Neto, após participar da 31ª reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), no Palácio do Itamaraty em Brasília.
Aubert informou que as discussões com o governo sobre o tema ocorrem há aproximadamente um ano, mas descartou que a medida seja anunciada na segunda-feira, junto com a divulgação do marco regulatório do pré-sal. "Seria uma surpresa para mim", afirmou.
Ele explicou que, para que a indústria doméstica seja capaz de atender à demanda petrolífera, será "vital" a participação do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Segundo o presidente da Abimaq, nos casos em que as empresas locais não puderem atender às solicitações, o ideal é que as empresas estrangeiras que detenham a tecnologia se instalem no Brasil e criem joint ventures com empresas locais. Para atrair esse investimento estrangeiro, Aubert Neto voltou a afirmar que o Brasil precisa desonerar os investimentos. VENDAS. A entidade também divulgou nessa quinta-feira dados do setor. As vendas de máquinas e implementos agrícolas devem crescer até 50% no segundo semestre, na comparação com os primeiros seis meses do ano, previu o presidente da Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Celso Casale.
A estimativa leva em conta a redução da taxa de juros do Financiamento para Máquinas e Equipamentos (Finame Agrícola), de 10,25% para 4,5% ao ano, em 29 de junho. Casale, destacou, no entanto, que o desempenho ainda não compensará as perdas do setor ao longo de 2009.
O executivo considera que os números de setembro já devem refletir o impacto da redução do juro, "mas o efeito será sentido de fato nos últimos três meses do ano". A redução de taxas vale até o dia 31 de dezembro de 2009. "Esta recuperação só vai diminuir as perdas, mas não compensará o forte recuo no começo deste ano. Ainda vamos fechar o ano com déficit no faturamento em relação ao ano anterior", estima Casale.
A Abimaq projeta queda de 35% no faturamento em 2009. Tradicionalmente, a comercialização de máquinas e implementos agrícolas é mais firme no segundo semestre do ano, quando os produtores compram equipamentos para o preparo do solo e plantadeiras para a implantação da safra de verão.
O segmento teve queda de 37,8% no faturamento no primeiro semestre deste ano, para R$ 2,605 bilhões, na comparação com o mesmo período do ano anterior. Casale conta que a comercialização de máquinas e implementos agrícolas seguiu em ritmo acelerado até setembro do ano passado. A partir daí, a indústria começou a sentir os efeitos da crise. "O impacto maior foi sentido nos meses de novembro e dezembro", afirmou.
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