Consultora da Petrobras abordou respostas em casos de crise.
Ascom Rio PipelineA importância de planos de contingência, a antecipação de cenários políticos e econômicos e a realização de treinamentos para uma pronta resposta em casos de crise foram pontos destacados pela consultora da Petrobras Denise Faertes para a garantia de uma gestão contínua de negócios. A executiva participou nesta quinta-feira (26) da Rio Pipeline 2013, realizada no Centro de Convenções SulAmérica, no Rio de Janeiro, com a apresentação "Crisis, Business Continuity and Reliability Management".
Denise ressaltou que as corporações têm trabalhado em ambientes cada vez mais complexos, em que os riscos estão presentes e a tolerância para falhas é nula. Segundo ela, a sociedade tem exigido uma transparência maior por parte das empresas e os órgãos regulatórios também têm sido bastante rígidos.
“A chave é a antecipação. É fundamental estabelecer sistemas de gerenciamento de riscos e pensar em todas as questões que podem afetar as organizações, a fim de evitar falhas e garantir a produção. A gestão contínua de negócios deve ser vista como uma grande agregadora de valores para as corporações”, apontou.
De acordo com Denise, a Petrobras já realiza estudos de riscos e confiabilidade em seus projetos e agora vem implementando o conceito de gestão contínua de negócios em sua cultura. “Estamos sempre mapeando cenários de energia e planos de contingência, como no caso da Bolívia, por exemplo. Para o pré-sal também será fundamental implementar grupos de riscos e confiabilidade”, completou.
Estudo analisa dutos com defeito de corrosão
Entre os riscos que podem afetar as empresas está o defeito de corrosão em dutos, que foi o tema da apresentação do professor da USP André Beck, também realizada nesta quinta-feira, na sessão técnica " Burst Pressure of Pipeline Containing Corrosion Defect: Model Error Analysis".
Em seu estudo, o acadêmico analisou um modelo de engenharia que é utilizado para prever a pressão de ruptura de um duto que contém defeito de corrosão. Segundo ele, foram reunidos 441 resultados experimentais, a fim de mostrar que esses modelos podem prever a pressão de ruptura com uma determinada incerteza.
“Nosso trabalho buscava quantificar essas incertezas. Entre as conclusões, percebemos que alguns desses modelos apresentam uma dispersão de resultados na hora de prever a resistência dos dutos, o que tem uma grande relevância para análises de confiabilidade e segurança de dutos”, explicou.
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