Congresso

Senado terá semana curta, mas decisiva para a CPI da Petrobras

Oposição defende a CPI exclusiva.

Valor Econômico
14/04/2014 20:34
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A disputa em torno da possibilidade de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar denúncias de irregularidades na Petrobras será um dos assuntos principais desta no Senado semana, que terá dois dias a menos de trabalho por causa do feriado da Sexta-Feira Santa.
Ainda assim, esperam-se desdobramentos importantes, já que na tarde desta terça-feira o plenário do Senado deve deliberar sobre o parecer aprovado na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) em favor de uma investigação que inclua fatos externos à Petrobras, como obras no metrô de São Paulo.
A oposição defende a CPI exclusiva, por entender que um leque amplo de fatos a serem apurados vai inviabilizar o trabalho da Comissão, criada a partir de requerimento dos oposicionistas. Um outro requerimento, apresentado por governistas, propõe o acréscimo de itens para apuração - os chamados "fatos determinados".
Na mesma terça, mas pela manhã, às 10h, a presidente da Petrobras, Graça Foster, comparece à audiência pública conjunta das Comissões de Assuntos Econômicos (CAE) e de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA). A iniciativa de organizar a reunião foi do presidente da CAE, senador Lindbergh Farias (PT-RJ). Ele acha importante que a executiva se pronuncie sobre questões como o valor investido pela empresa para assumir o controle da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos: cerca de US$ 1,2 bilhão, montante considerado muito alto por especialistas.
Está sendo aguardada igualmente para esta semana a chegada ao Senado do pedido de explicações do Supremo Tribunal Federal (STF) ao presidente da Casa, Renan Calheiros, quanto ao encaminhamento do pedido de CPI feito pela oposição. Os autores do requerimento entraram com mandado de segurança no STF para garantir a CPI exclusiva. Desde o dia 8, os parlamentares aguardam o despacho que partirá do gabinete da ministra Rosa Weber, relatora do mandado e responsável por acolher ou negar o pedido de liminar.
A ação movida pela oposição requer a imediata abertura da CPI para apurar quatro temas ligados à Petrobras - entre eles, a compra da refinaria de Pasadena. Mas Rosa Weber também terá de examinar um segundo mandado, apresentado pela senadora governista Ana Rita (PT-ES), que vai na direção oposta e pede o arquivamento do pedido de CPI feito por senadores como Álvaro Dias (PSDB-PR), Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) e Rodrigo Rolemberg (PSB-DF).
Nesta que já pode ser considerada uma terça-feira muito movimentada, o Plenário do Congresso Nacional se reunirá para votar vetos presidenciais a projetos do Legislativo. Seria uma oportunidade para serem lidos dois requerimentos que ampliam as duas CPIs discutidas no âmbito do Senado para a participação de deputados. Em vez de CPI, elas se tornariam Comissões Parlamentares Mistas de Inquérito (CPMI).
Mesmo que sejam ampliadas aos deputados, elas espelham os mesmos objetivos das suas similares no Senado. A oposição insiste em temas restritos à Petrobras e os aliados do governo propõem CPMI ampla, para investigar não só a Petrobras, mas também os contratos de trens e metrôs em São Paulo e no Distrito Federal e negócios que envolvem empresas do Porto de Suape, em Pernambuco.
Renan Calheiros e a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) já deliberaram em favor do funcionamento - no âmbito do Senado - de uma CPI ampla.
Pauta trancada
A pauta da semana no Senado começa trancada pela Medida Provisória 627/2013, também conhecida como MP da Tributação. Na prática, para não perder a validade, ela precisa ser votada até quarta-feira, dia 16, quando será realizada a última sessão deliberativa do Senado antes de 21 de abril, Dia de Tiradentes e data em que a MP perderá a vigência. A medida muda a forma de cobrança de tributos sobre os lucros de empresas brasileiras resultantes de operações de subsidiárias no exterior.
A maior polêmica em relação à MP é a mudança na forma de aplicação de multas às operadoras de planos de saúde. Pelas regras atuais as operadoras devem pagar à Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) multas que variam de R$ 5 mil a R$ 1 milhão por infração. Alterado pelo relator da MP na Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o texto determina que até 31 de dezembro deste ano, no caso de infrações da mesma natureza, será considerada apenas a multa de maior valor.
Além disso, se houver de duas a 50 multas iguais, serão cobradas duas multas. Se forem de 51 a 100 infrações, a cobrança será de quatro multas. Acima de mil infrações, serão cobradas 20 delas. Segundo a ANS, as modificações representam uma anistia da ordem de R$ 2 bilhões em favor de operadoras que cometeram diversos tipos de infração.
Outro tema da semana é a escolha do novo ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) que sucederá Valmir Campelo, recém-aposentado. O senador Gim (PTB-DF) era o nome indicado para o cargo pelos partidos da base de apoio ao governo, mas abriu mão da indicação depois de o Plenário do Senado rejeitar - por 25 votos a 24, com 2 abstenções - requerimento para votação da matéria em regime de urgência.
Senadores da oposição e independentes indicaram o consultor de Orçamento do Senado Fernando Moutinho para concorrer ao cargo. Na última sexta-feira, o PMDB anunciou a indicação para o TCU de outro consultor de carreira da Casa, Bruno Dantas.

A disputa em torno da possibilidade de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar denúncias de irregularidades na Petrobras será um dos assuntos principais desta no Senado semana, que terá dois dias a menos de trabalho por causa do feriado da Sexta-Feira Santa.

Ainda assim, esperam-se desdobramentos importantes, já que na tarde desta terça-feira o plenário do Senado deve deliberar sobre o parecer aprovado na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) em favor de uma investigação que inclua fatos externos à Petrobras, como obras no metrô de São Paulo.

A oposição defende a CPI exclusiva, por entender que um leque amplo de fatos a serem apurados vai inviabilizar o trabalho da Comissão, criada a partir de requerimento dos oposicionistas. Um outro requerimento, apresentado por governistas, propõe o acréscimo de itens para apuração - os chamados "fatos determinados".

Na mesma terça, mas pela manhã, às 10h, a presidente da Petrobras, Graça Foster, comparece à audiência pública conjunta das Comissões de Assuntos Econômicos (CAE) e de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA). A iniciativa de organizar a reunião foi do presidente da CAE, senador Lindbergh Farias (PT-RJ). Ele acha importante que a executiva se pronuncie sobre questões como o valor investido pela empresa para assumir o controle da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos: cerca de US$ 1,2 bilhão, montante considerado muito alto por especialistas.

Está sendo aguardada igualmente para esta semana a chegada ao Senado do pedido de explicações do Supremo Tribunal Federal (STF) ao presidente da Casa, Renan Calheiros, quanto ao encaminhamento do pedido de CPI feito pela oposição. Os autores do requerimento entraram com mandado de segurança no STF para garantir a CPI exclusiva. Desde o dia 8, os parlamentares aguardam o despacho que partirá do gabinete da ministra Rosa Weber, relatora do mandado e responsável por acolher ou negar o pedido de liminar.

A ação movida pela oposição requer a imediata abertura da CPI para apurar quatro temas ligados à Petrobras - entre eles, a compra da refinaria de Pasadena. Mas Rosa Weber também terá de examinar um segundo mandado, apresentado pela senadora governista Ana Rita (PT-ES), que vai na direção oposta e pede o arquivamento do pedido de CPI feito por senadores como Álvaro Dias (PSDB-PR), Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) e Rodrigo Rolemberg (PSB-DF).

Nesta que já pode ser considerada uma terça-feira muito movimentada, o Plenário do Congresso Nacional se reunirá para votar vetos presidenciais a projetos do Legislativo. Seria uma oportunidade para serem lidos dois requerimentos que ampliam as duas CPIs discutidas no âmbito do Senado para a participação de deputados. Em vez de CPI, elas se tornariam Comissões Parlamentares Mistas de Inquérito (CPMI).

Mesmo que sejam ampliadas aos deputados, elas espelham os mesmos objetivos das suas similares no Senado. A oposição insiste em temas restritos à Petrobras e os aliados do governo propõem CPMI ampla, para investigar não só a Petrobras, mas também os contratos de trens e metrôs em São Paulo e no Distrito Federal e negócios que envolvem empresas do Porto de Suape, em Pernambuco.

Renan Calheiros e a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) já deliberaram em favor do funcionamento - no âmbito do Senado - de uma CPI ampla.

Pauta trancada

A pauta da semana no Senado começa trancada pela Medida Provisória 627/2013, também conhecida como MP da Tributação. Na prática, para não perder a validade, ela precisa ser votada até quarta-feira, dia 16, quando será realizada a última sessão deliberativa do Senado antes de 21 de abril, Dia de Tiradentes e data em que a MP perderá a vigência. A medida muda a forma de cobrança de tributos sobre os lucros de empresas brasileiras resultantes de operações de subsidiárias no exterior.

A maior polêmica em relação à MP é a mudança na forma de aplicação de multas às operadoras de planos de saúde. Pelas regras atuais as operadoras devem pagar à Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) multas que variam de R$ 5 mil a R$ 1 milhão por infração. Alterado pelo relator da MP na Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o texto determina que até 31 de dezembro deste ano, no caso de infrações da mesma natureza, será considerada apenas a multa de maior valor.

Além disso, se houver de duas a 50 multas iguais, serão cobradas duas multas. Se forem de 51 a 100 infrações, a cobrança será de quatro multas. Acima de mil infrações, serão cobradas 20 delas. Segundo a ANS, as modificações representam uma anistia da ordem de R$ 2 bilhões em favor de operadoras que cometeram diversos tipos de infração.

Outro tema da semana é a escolha do novo ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) que sucederá Valmir Campelo, recém-aposentado. O senador Gim (PTB-DF) era o nome indicado para o cargo pelos partidos da base de apoio ao governo, mas abriu mão da indicação depois de o Plenário do Senado rejeitar - por 25 votos a 24, com 2 abstenções - requerimento para votação da matéria em regime de urgência.

Senadores da oposição e independentes indicaram o consultor de Orçamento do Senado Fernando Moutinho para concorrer ao cargo. Na última sexta-feira, o PMDB anunciou a indicação para o TCU de outro consultor de carreira da Casa, Bruno Dantas.

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