América do Sul

Repsol YPF e Petrobras pagarão 30% a mais pelo gás da Bolívia exportado à Argentina

BNamericas
12/01/2005 02:00
Visualizações: 16

A petroleira estatal boliviana YPFB conseguiu um acordo com os produtores de gás Repsol YPF, da Espanha, e a brasileira Petrobras para aumentar o preço das exportações de gás para a Argentina em cerca de 30%, informou o serviço de notícias do governo da Bolívia, ABI.
As duas multinacionais seguirão vendendo gás a suas próprias filiais na Argentina, mas a um preço de US$ 2,08 / MBTU na fronteira, uma alta frente aos US$ 1,60/MBRU, disse o ministro boliviano de hidrocarbonetos, Guilherme Torres. Este é o preço que se usa para calcular os royalties, informou o diário argentino Cronista. 
O preço da Bolívia na boca do poço aumentará da US$ 1,37 / MBTU a US$ 1,86 / MBTU, que é um preço similar ao que o Brasil paga pelas importações de 20 milhões de m³ por dia de gás da Bolívia, indicou Torres. 
A alta dos valores vale desde 1º até 31 de janeiro deste ano, depois o preço variará mensalmente segundo um mecanismo que estabeleceram YPFB e os produtores de gás privados. A Bolívia havia ameaçado em deter por completo as exportações de gás se a Argentina não concordasse com a alta do preço.
No entanto, Argentina e Bolívia chegaram a um acordo na sexta-feira para estender os contratos de abastecimento até dezembro de 2005, e o acordo sobre o preço foi anunciano na segunda-feira.
As exportações de gás para a Argentina aumentarão de 4 Mm³/d na atualidade para 6,5Mm³/d no final de 2005, o que se ajusta a um acordo que, em outubro de 2004, assinaram o presidente Carlos Mesa e seu homólogo argentino, Néstor Kirchner. A proposta do Gasoduto do Nordeste Argentino (GNA) somaria outros 20Mm³/dia de exportações de gás a Argentina até 2007.
A Repsol YPF e a Petrobras venderão gás a suas próprias filiais na Argentina, onde as não poderão repassar a alta de preços aos clientes industriais do nordeste da Argentina. Em conseqüência, Repsol YPF e Petrobras terão que assumir o maior preço do gás, informou a imprensa.
O mercado local não se verá afetado pela alta, haveria dito o ministro do Planejamento Federal argentino, Julio de Vido.
As importações de gás da Bolívia abastecerão as províncias do nordestes da Argentina, aliviando a produção de gás no sul, o que por sua vez poderia beneficiar as exportações de gás ao Chile. A Argentina aumentou os cortes às exportações de gás para o Chile nos últimos dias logo que o governo ordenou que se redirigisse mais gás para Buenos Aires para fazer frente ao aumento da demanda elétrica resultante de uma onda de calor.

Mais Lidas De Hoje
Veja Também
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.

20