Venda e produção de derivados também crescem em relação ao trimestre anterior. Destaque para aumento da produção de diesel, superior em 2,4%.
Redação TN Petróleo, Agência PetrobrasA produção média de óleo, gás natural e líquido de gás natural da Petrobras alcançou 2,91 milhões de barris de óleo equivalente por dia (MMboed) no segundo trimestre de 2025 (2T25), o que representa um aumento de 5% em comparação com o 1T25. Esse desempenho ocorreu, principalmente, em função do ramp-up (aumento gradual de produção) dos FPSOs Almirante Tamandaré, no campo de Búzios, Maria Quitéria, no campo de Jubarte, Anita Garibaldi e Anna Nery, nos campos de Marlim e Voador, do atingimento do topo de produção do Marechal Duque de Caxias e da entrada em produção do FPSO Alexandre de Gusmão, ambos no campo de Mero. Em contrapartida, houve um maior volume de perdas por paradas e manutenções, além do declínio natural de produção.
Neste trimestre, entraram em operação 14 novos poços produtores, sendo sete na Bacia de Campos e sete na Bacia de Santos.
O FPSO Alexandre de Gusmão, quinta plataforma no campo de Mero, na Bacia de Santos, iniciou suas operações em 24 de maio, antecipando a data prevista no plano de negócios atual e marcando mais um importante avanço para a produção no pré-sal brasileiro. O processo de injeção de gás também já foi iniciado, com a entrada do primeiro poço injetor em 25 de junho, 32 dias após o início da operação da unidade. A plataforma tem capacidade para produzir 180 mil barris de óleo por dia, além de comprimir e reinjetar 12 milhões de m³ de gás diários.
O FPSO Marechal Duque de Caxias, que entrou em produção no dia 30 de outubro de 2024 no campo de Mero, alcançou, em 19 de maio, seu topo de produção com apenas quatro poços produtores, atingindo180 mil barris de óleo por dia. Ao todo, a unidade terá 15 poços, sendo oito produtores de óleo e sete injetores de água e gás.
O navio-plataforma P-78 saiu do estaleiro em Singapura no dia 13 de julho e está em trânsito para o Brasil. Sua entrada em produção está prevista para o segundo semestre. Do tipo FPSO (sistema de produção, armazenamento e transferência de petróleo), a plataforma é a sétima unidade a ser instalada no campo de Búzios, no pré-sal da Bacia de Santos e será rebocada até a locação com tripulação a bordo, o que vai permitir antecipar o início da produção em cerca de duas semanas. Sua capacidade de produção será de 180 mil barris de petróleo por dia, além de comprimir até 7,2 milhões de m³ de gás diários.
A Petrobras atingiu, neste trimestre, alguns recordes de produção, dentre os quais:
O novo HDT da REPLAN é outro importante marco para a Petrobras. Com o início da operação dessa unidade em 27/05, a Refinaria de Paulínia ampliou sua capacidade de produção de diesel S-10 em até 63 mbpd e de querosene de aviação (QAV) em até 21 mbpd. Essa ampliação contribui para o phase out (retirada) do diesel S-500, possibilitando a conversão total da produção de diesel da REPLAN para o S-10. Além disso, a conversão melhora a eficiência energética da planta e reduz as emissões de compostos de enxofre (SOx) pela frota.
No segmento de Refino, Transporte e Comercialização, as vendas de derivados no mercado interno no 2T25 apresentaram um crescimento de 1% em relação ao 1T25, com destaque para a maior comercialização de GLP, gasolina e nafta. A produção de derivados no 2T25 foi de 1.730 mbpd, 1,4% acima do volume produzido no trimestre anterior, com destaque para produção de diesel, 680 mbpd, um aumento de 2,4% em relação a do 1T25. A REVAP registrou recorde trimestral de produção de diesel S-10 no 2T25, de 44 mbpd, e a REPAR recorde histórico de produção de gasolina no primeiro semestre de 2025, com média de 65 mbpd.
A Petrobras manteve um elevado rendimento na produção de derivados médios (diesel e QAV) e gasolina, que representaram 68% do volume total de derivados no 2T25, mesmo com a realização de importantes paradas programadas na REPLAN e REFAP. Ressalta-se que as paradas programadas garantem a integridade dos equipamentos e a segurança das pessoas, aumentam a eficiência e a rentabilidade do processo produtivo, além de possibilitarem a implementação de novos projetos.
A companhia registrou novo recorde de processamento de petróleo do pré-sal no 1S25, de 72%, superando o recorde anterior de 68% ocorrido no 1S24. A expressiva participação dos óleos do pré-sal na carga processada evidencia, mais uma vez, o compromisso com a otimização do uso de óleos do pré-sal, contribuindo para a geração de derivados de maior valor agregado e para a redução das emissões atmosféricas.
Por meio da Petrobras Singapore, foi realizada uma parceria com a Vale para abastecer o navio graneleiro Luise Oldendorff com o combustível marítimo Very Low Sulfur (VLS) B24, composto por 24% de biodiesel de segunda geração (UCOME), derivado de óleo de cozinha usado, e 76% de óleo combustível fóssil das refinarias da Petrobras. A Petrobras Singapore possui a certificação ISCC EU, que assegura que o produto atende aos critérios rigorosos de sustentabilidade em toda a cadeia logística do biocombustível. O teste com biobunker, realizado em abril, dá continuidade à parceira estratégica entre Petrobras e Vale, que prevê o fornecimento de produtos com foco em competitividade e o avanço da pauta da descarbonização.
Esses dados estão presentes no relatório de produção e vendas da Petrobras, divulgado nesta terça-feira (29/07/2025). Clique aqui para ter acesso ao relatório completo.
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