O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, afirmou ontem (12) que o governo trabalha para que o etanol tenha preço competitivo nos postos ainda neste ano. Ele afirmou que poderá ser necessário fomentar as importações do combustível para a redução dos preços. No entanto, não descarta que seja preciso mais um ano para que a situação do etanol no Brasil se equilibre e que volte a ser competitivo em relação à gasolina.
"Se não conseguirmos totalmente este ano, seguramente teremos uma queda substancial dos preços em 2013", afirmou Lobão. Segundo ele, medidas de estímulo à estocagem do combustível e à renovação das lavouras de cana-de-açúcar serão feitas. No entanto, a política de incentivo e financiamento ao setor já vem sendo prometida há mais de ano, sem sair do papel.
Mais de 20% das lavouras de cana-de-açúcar brasileiras já tiveram mais de seis colheitas, o que as tornam velhas e menos produtivas, segundo dados do Ministério da Agricultura. O governo quer estimular também o produto a estocar combustível para evitar escassez e mais importações na época de entressafra. O Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES) anunciou na última quarta-feira (11) que vai liberar uma linha de crédito de R$ 4 bilhões para o setor.