<P>O Porto de Santos deve mais que triplicar sua capacidade anual de movimentação de cargas nos próximos dez anos, saindo dos atuais 110 milhões de toneladas para 350 milhões de toneladas. O aumento leva em conta a construção de novos terminais e a melhoria da infra-estrutura do complexo sant...
A Tribuna - SPO Porto de Santos deve mais que triplicar sua capacidade anual de movimentação de cargas nos próximos dez anos, saindo dos atuais 110 milhões de toneladas para 350 milhões de toneladas. O aumento leva em conta a construção de novos terminais e a melhoria da infra-estrutura do complexo santista, investimentos que serão realizados no período e chegarão a R$ 1,5 bilhão.
A projeção de desenvolvimento do cais foi apresentada pelo diretor comercial e de Desenvolvimento da Codesp, Fabrizio Pierdomenico, durante o XXII Encontro Nacional de Entidades Portuárias e Hidroviárias (Eneph), realizado entre as últimas quarta e sexta-feira, em Maceió, Alagoas. ‘‘É uma meta pretenciosa, mas é possível de ser alcançada’’, ressaltou.
Entre os empreendimentos previstos, o principal será Barnabé-Bagres, o novo conjunto de terminais que será construído entre as ilhas de Barnabé e Bagres e aumentará o potencial de movimentação do porto em 120 milhões de toneladas por ano.
O estudo da Codesp também se baseia na construção e no início das operações das instalações marítimas da Brasil Terminais Portuários, que será implantada na área do antigo Lixão da Alemoa, e da Embraport (do Grupo Coimex), na Área Continental de Santos, nas proximidades da Base Aérea de Santos.
Pelas projeções de Pierdomenico, em 2016, o cais santista poderá movimentar 4 milhões de TEUs (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés), um incremento de quase 200% em relação às operações realizadas no ano passado, quando passaram pelo cais 2,44 milhões de TEUs.
Para atingir essa meta, Pierdomenico lembrou a importância da ampliação do Terminal de Contêineres (Tecon) do Porto de Santos, administrado pela operadora portuária Santos-Brasil. Graças a investimentos de mais de R$ 250 milhões, a empresa conseguirá ampliar sua capacidade operacional anual dos atuais 1,2 milhões de TEUs para 3 milhões de TEUs.
A estratégia elaborada pela Codesp também prevê a instalação de dois novos terminais de contêineres na Margem Esquerda (Guarujá) do porto, em áreas atualmente ocupadas por favelas. ‘‘Teremos que dar uma solução naquela situação com a Prefeitura de Guarujá e com o Ministério das Cidades’’, afirmou o diretor comercial da Docas, se referindo a ações para relocação dessas comunidades.
DRAGAGEM
Apesar dos planos de investimentos, o Porto de Santos só conseguirá triplicar sua capacidade de movimentação se contar com melhorias em sua infra-estrutura — especificamente com a ampliação de seu calado dos atuais 14 metros para 17 metros, destacou Fabrizio Pierdomenico. O empreendimento é necessário para o complexo receber navios de grande porte (que precisam de um canal de navegação com maior profundidade).
De acordo com o diretor, as empresas contratadas para desenvolver o Estudo e o Relatório de Impacto de Meio Ambiente (EIA-Rima) devem entregar seus relatórios até o próximo mês de junho. Logo em seguida, os técnicos da estatal pretendem iniciar o processo de licenciamento ambiental do empreendimento.
Fonte: A Tribuna - SP
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