Redação TN Petróleo
Uma das plenárias de destaque na manhã desta quarta-feira, 26, no IBEM 25, discutiu diferentes vertentes relacionadas à Energia no que se refere à economia marítima. Os desafios que regem o setor de energia tendo o mar como suporte foram evidenciados nas falas de três palestrantes: Ranieri Rodrigues, instrutor de Educação Profissional e Tecnológica do Instituto SENAI de Inovação em Energias Renováveis; Eduardo Athayde, presidente do Fórum Economia do Mar e o Prof. Dr. Rofolfo Gonçalves, da Universidade de Tóquio.
“Nós apresentamos aqui a zona econômica exclusiva do Brasil, batizado pela marinha como Amazônia Azul em 2004, pelo Almirante Roberto Guimarães Carvalho, comandante da Marinha do Brasil, e desde então, nós temos trabalhado neste cenário. O PIB do mar movimenta cerca de dois trilhões de reais por ano, mas nós precisamos econometrizar isso. Dois trilhões a agricultura brasileira também movimenta todos os anos, nós temos as informações sobre a Agricultura, mas não temos ainda sobre o PIB do mar. Quem movimenta estes dois trilhões de reais por ano?”, questionou Eduardo Athayde, presidente do Fórum Economia do Mar, durante sua exposição na plenária.
Athayde também enfatizou que essa métrica sobre os lucros gerados pela economia marítima tem gerado um esforço e estudos contínuos de profissionais e pesquisadores do setor. “Já temos feito uma série de eventos na Bahia. A Associação Comercial declarou a Baía de Todos-os-Santos como a capital da Amazônia Azul, como uma forma de chamar atenção para o potencial dessa bahia que é central e berço da civilização brasileira, além de ser a maior bahia do Brasil. Então estamos juntos com a Associação Comercial, Federação das Indústrias e agora com um grande esforço da Confederação Nacional levando essa mensagem para todo o país”, explicou.
O presidente do Fórum Economia do Mar também destacou o potencial do Brasil no atual momento e que ainda somos tímidos quando assunto é autopromoção e preservação. “Estamos sob os holofotes do mundo e precisamos lembrar que preservação é uma imperiosa necessidade que precisa ser valorada, precificada e eventualmente monetizada na busca de se gerar riquezas, novas rendas e novos empregos no país”, destacou.
As plataformas flutuantes (offshore Winds) também ganharam destaque na conferência da plenária de energias integradas. O Prof. Dr. Rofolfo Gonçalves, da Universidade de Tókio, compartilhou suas pesquisas e experiências com este sistema. “O Japão já está com essa experiência do Offshore Wind desde 2013, no qual ele fez vários pilotos flutuantes. Nestes dez anos de experiência a gente consegue ver que a plataforma flutuante é viável e conseguiríamos trazer isto para o Brasil de uma forma até otimizada porque o nosso país já tem toda essa parte de infraestrutura do óleo e gás e a gente pode se aproveitar de tudo isso para o desenvolvimento do offshore wind por aqui”, explanou o professor Gonçalves.
Serviço:
International Brazil Energy Meeting (iBEM25)
Data: 25 a 27.03.2025
Local: Centro de Convenções de Salvador
Informações:
Site em português: www.ibemenergy.com/pt
Site em inglês: www.ibemenergy.com
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