A Petrobras informou às distribuidoras de combustíveis que vai reajustar em 6,6%, em média, o preço do gás liquefeito de petróleo (GLP), o gás de cozinha, vendido a granel. O aumento vale a partir da zero hora de hoje e é o primeiro desde o final de dezembro de 2007. O preço do GLP vendido para botijões de 13 quilos, mais usados em residências, permanece estável (a diferença entre os dois produtos foi estabelecida em 2002, durante a campanha presidencial, como uma maneira de evitar maiores repasses para consumidor comum).
Segundo o Sindicato das Empresas Distribuidoras de GLP (Sindigás), o gás vendido a granel no País - geralmente destinado a grandes condomínios, indústria e comércio em botijões maiores ou tanques - custa hoje entre 14% e 15% a mais do que o preço do produto importado. As distribuidoras reclamam que a diferença de preços entre o gás a granel e o vendido para residências, que chega a 50%, pode abrir espaço para fraudes, com a substituição de botijões de 45 ou 90 quilos por baterias de botijões de 13 quilos.
ÍNDIA. A estatal indiana Oil & Natural Gas Corp. (ONGC) está em conversas iniciais com a Shell e a BP para repassar a essas empresas a participação da Petrobras num bloco de gás natural na bacia de Krishna Godavari, de acordo com um alto executivo da ONGC, que não quis ser identificado. A companhia brasileira, segundo o executivo, estaria planejando vender de volta à ONGC sua participação no bloco.
A bacia de Krishna-Godavari já rendeu à Índia algumas das maiores descobertas de gás do país. Foi num bloco em águas profundas nessa área que a Reliance Industries fez a maior descoberta de gás da Índia, em 2002. Quando atingir seu pico de produção de 80 milhões de metros cúbicos, em meados deste ano, o bloco KG D6 da Reliance deve duplicar a produção indiana de gás.
O executivo da ONGC não especificou o tamanho da participação que a Petrobras possui no bloco KG-DWN-98/2, na costa leste da Índia. O jornal Press Trust of India informou, no final de semana, que a companhia brasileira tem 15% do bloco e que planeja vender essa participação para se concentrar no desenvolvimento de suas descobertas em gás e petróleo no Brasil.
A ONGC, que atualmente detém 65% do bloco, havia transferido anteriormente uma participação de 25% para a Petrobras e a norueguesa Norsk Hydro Oil & Energy. Os outros 10% estão com a unidade indiana da empresa de exploração britânica Cairn Energy.