Economia

Petrobras pode emitir US$ 3,25 bi

Jornal do Commercio
21/10/2009 11:32
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A emissão de títulos globais da Petrobras no mercado internacional deve girar em torno dos US$ 3,25 bilhões, segundo fonte da empresa. A empresa divulgou em comunicado que sua estratégia é "trocar os empréstimos-pontes contratados com bancos comerciais no início do ano por dívida de longo prazo no mercado de capitais". A emissão de títulos no exterior foi publicada na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) na noite de segunda-feira.


A fonte da Petrobras, porém, deu sinais de que a petroleira poderá fazer captação não só para cobrir o valor da dívida que a empresa pretende alongar. "Não há um valor exato para a emissão. Pode ser um pouco mais ou um pouco menos do que a dívida existente. Se as condições forem boas, nada impede captarmos mais. Tudo vai depender da reação do mercado", afirmou.


O analista de petróleo da Ágora Corretora, Luiz Otávio Broad, afirmou que a operação será a metade dos US$ 6,5 bilhões que a companhia contratou em empréstimo-ponte com pool de bancos nacionais e estrangeiros no início do ano.


Segundo o analista, a metade desses empréstimos (US$ 3,25 bilhões), que têm prazo de dois anos, é o valor da dívida que ainda não foi rolado para o longo prazo.


O empréstimo-ponte de US$ 6,5 bilhões havia sido tomado pela estatal brasileira como parte das captações para financiar seus investimentos durante o ano de 2009.


Desde o início, porém, a petrobras vem destacando a intenção de trocar esses contratos por outros com prazos maiores. Ainda no primeiro semestre, a estatal conseguiu substituir US$ 1,5 bilhão do total. Com outra emissão no mercado internacional, fez a substituição de mais US$ 1,25 bilhão em julho.


Para o analista financeiro do Banco do Brasil, Nelson Rodrigues de Mattos, a companhia brasileira não deverá ter dificuldades para fazer a captação no valor da dívida contratada ou até por "bem mais do que este valor". Ele lembrou que ao substituir o primeiro empréstimo-ponte no início de 2009, a Petrobras ofertou ao mercado US$ 1,5 bilhão, mas a demanda foi de até quatro vezes este valor, ou seja, de US$ 6 bilhões, com taxas de 8,21%. "Isso aconteceu no auge da crise, o que nos faz supor que as condições estejam bem melhores", comentou Rodrigues de Mattos.


O analista-chefe da XP Investimentos, Rossano Oltramari, afirmou que essa operação demonstra que a liquidez do mercado internacional está voltando.


Segundo ele, com a crise, as empresas brasileiras diminuíram sua procura pelo mercado de títulos no exterior. "A emissão de títulos da Petrobras no exterior mostra que essa importante forma de financiamento está voltando ao normal", afirmou.


Para as emissões dos títulos a Petrobras contratou o Citi, HSBC, JP Morgan e Santander, como coordenadores, e o Banco do Brasil e Societe Generale, como "co-manger".


A operação será feita em diferente tranches (etapas) e será realizada por meio da subsidiária integral Petrobras International Finance Company (PifCo).
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