Gasoduto

Petrobras inicia obra do Urucu-Manaus

O gasoduto Urucu-Manaus terá 670 quilômetros de extensão e sua conclusão está prevista para março de 2008. Com a infra-estrutura as termelétricas da região serão abastecidas com gás natural ou invés de diesel, o que representará economia de R$ 1,2 bilhão por ano no consumo de energia e

Redação
01/06/2006 03:00
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A Petrobras iniciou nesta quinta-feira (01/06) a obra do gasoduto Urucu-Manaus, que levará o gás natural da província petrolífera de Urucu, no município de Coari (AM), até a capital amazonense.

A cerimônia contou com a presença do presidente  da  República,  Luiz Inácio Lula da Silva, que realizou a primeira solda na  tubulação, ao lado do presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli de Azevedo, do ministro de Minas e Energia, Silas
Rondeau, e do governador do Amazonas, Eduardo raga.Também participaram os diretores da Petrobras Ildo Sauer (Gás e Energia), Guilherme Estrella (Exploração e Produção) e Renato Duque (Serviços).

O gasoduto Urucu-Manaus terá 670 quilômetros de extensão e sua  conclusão está prevista para março de 2008. A obra será responsável pela geração de aproximadamente 3.400 empregos diretos e 10 mil indiretos, segundo estimativa da Petrobras.

Em sua primeira fase de operação, o gasoduto transportará 4,7  milhões de metros cúbicos de gás natural por dia. O principal destino do insumo será a produção de energia elétrica, em termelétricas, para atender Manaus e os municípios pelos quais  passará a tubulação, beneficiando cerca de 1,5 milhão de pessoas.

O gás natural substituirá o diesel e o óleo combustível usados  atualmente na produção de toda a energia elétrica consumida pelo Amazonas. "A substituição proporcionará uma economia anual de R$ 1,2 bilhão - não só aos cidadãos do Amazonas, mas também a todos os brasileiros, já que os usuários de energia elétrica de todo o País subsidiam, por meio da Conta de Consumo de Combustíveis (CCC), o consumo de energia elétrica daquela região", informa a Petrobras em um comunicado.

Além da vantagem econômica, a petroleira afirma que a substituição representará enorme ganho ambiental para o País, pois a produção de energia elétrica a partir do gás natural reduz significativamente a emissão de gases poluentes, em especial o dióxido de carbono (CO2), contribuindo para a redução do efeito estufa e em linha com o Protocolo de Kioto, do qual o Brasil é signatário.

Desenvolvimento para a região

A Petrobras extrai petróleo em Urucu desde 1988. O gás natural  produzido ali, associado ao óleo, é reinjetado nos campos para otimizar a produção de petróleo, e vem sendo armazenando no próprio reservatório para futuro aproveitamento no mercado. Com a conclusão da obra – que se tornou possível depois da assinatura de um Termo de Compromisso, em 22 de abril de 2004, entre Petrobras, Cigás, Eletrobrás, Governo do Amazonas e Ministério de Minas e Energia - o combustível poderá ser escoado até Manaus.

Atualmente, há apenas um duto que leva gás liquefeito de petróleo
(GLP) da base de produção, em Urucu, até Coari. Um duto paralelo a este, com 285 quilômetros de extensão, será construído para escoar o GLP (GLPduto), enquanto que o antigo duto passará a  transportar o gás natural. No trecho seguinte, entre Coari e Manaus, o gasoduto terá 385 quilômetros, totalizando 670 quilômetros entre Urucu e Manaus.

Outros 125 quilômetros de dutos serão construídos para levar o  produto às sedes dos municípios de Coari, Codajás, Anori, Anamã,  Caapiranga, Manacapuru e Iranduba, que estão no trajeto do gasoduto. A obra proporcionará o recolhimento de cerca de R$ 50 milhões em tributos aos cofres das prefeituras locais, além de uma receita adicional em royalties para o estado do Amazonas.

Sintonia com a comunidade

Segundo a petroleira, cerca de 3 mil pessoas participaram das audiências públicas realizadas nos municípios da área de influência do gasoduto, e reivindicaram a construção de dutos ramais até as sedes dos municípios por onde passará o gasoduto. Para atender à demanda, a Petrobras investirá R$ 70 milhões, permitindo às comunidades acesso a energia elétrica mais barata, limpa e confiável, e a geração de postos de trabalho em setores como secadores de madeira, frigoríficos de peixe e olarias.

"A economia da região também se beneficiará de uma cláusula do contrato de construção, que prevê a contratação de 70% dos funcionários da obra entre os residentes no estado do Amazonas.

Para isso, a população da região está sendo capacitada para os serviços a serem prestados pelas empresas de construção e montagem", informa a empresa.

A Petrobras a firmou, ainda, um convênio com o governo do Amazonas para a execução do Programa de Compensações Ambientais e Desenvolvimento Sustentável previsto no licenciamento ambiental. Serão investidos R$ 42 milhões, dos quais metade já foi liberada. O programa beneficiará 100 comunidades com projetos destinados a promover a cidadania, estimular a geração de renda e preservar o meio ambiente.

Investimentos

A Petrobras já investiu aproximadamente R$ 500 milhões nos  preparativos para o início das obras. Em 2004 e 2005, o Exército Brasileiro, contratado pela Companhia, trabalhou na abertura de cerca de 30 clareiras ao longo do traçado do gasoduto. Também já foram adquiridos e armazenados nas respectivas clareiras todos os tubos de 10” e 20”.

O gasoduto Urucu – Manaus é composto por três trechos. O primeiro deles, o trecho A, é o GLPduto Urucu-Coari, que será realizado pelo consórcio OAS/Etesco, por aproximadamente R$ 342,6 milhões. O segundo trecho, B-1, ligando por gasoduto Coari a Anamã, ainda está em fase final de negociação, depois de ter tido a licitação  cancelada por preço excessivo, e não tem executor nem preço  definidos. No trecho Anamã-Manaus, o gasoduto será construído  pelo Consórcio Camargo Correa/Skanska, por um valor aproximado de R$ 428 milhões.

  Dados técnicos

  ·   Extensão total: 670 quilômetros
  ·   Geração de empregos: 3.400 diretos e 10.000 indiretos
  ·   Prazo estimado de conclusão: março de 2008
  ·   GLPduto Urucu – Coari: 285 km de extensão, com 10” de diâmetro
  ·   Gasoduto Urucu – Manaus: 385 km de extensão, com 20” de diâmetro
  ·   Ramais para os municípios: 125 km de extensão, com diâmetros de 3” e 4”

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