Cooperação entre as instituições permitirá a construção de infraestrutura inédita para testes no país.
Agência PetrobrasNa foto: O reitor da UFRJ, professor Roberto Medronho; a diretora da Coppe, professora Suzana Kahn; a presidente da Petrobras, Magda Chambriard; e a diretora de Engenharia, Tecnologia e Inovação da Petrobras, Renata Baruzzi, durante assinatura do Termo de Cooperação.
A Petrobras e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) assinaram, nesta quarta-feira (16/4), Termo de Cooperação (TC) para a construção de um Loop de Garantia de Escoamento. Com características técnicas inéditas no país, a estrutura poderá testar novas tecnologias para evitar formação de hidratos e parafinas, elementos que podem obstruir os dutos e comprometer a produção de óleo e gás. A primeira fase do TC prevê uma parceria entre professores do Programa de Engenharia Química da Coordenação de Programas de Pesquisa e Engenharia (Coppe), da UFRJ, e especialistas do Centro de Pesquisas da Petrobras (Cenpes) para a elaboração do projeto conceitual e básico do loop.
Com diâmetro de 2 polegadas e pressão de operação de 150 bar, o loop será capaz de operar com carga de até 100% de CO2 (gás que também pode formar hidratos). Esse laboratório a céu aberto, com previsão de cerca de 150 metros de tubulação, permitirá a realização de testes com fluidos à base de CO2, visando novos negócios e projetos na área de Captura, Armazenamento e Uso de CO2.
A estrutura será construída no Centro Tecnológico existente na Ilha do Fundão, com recursos do compromisso de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (P&D,I) da Petrobras com a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). O Loop de Garantia de Escoamento poderá ser utilizado por outros parceiros da academia e do mercado por meio de contratos de pesquisa com a universidade para custear os custos de manutenção e utilização. O prazo estimado para a entrada em operação é de até 5 anos.
Desde a década de 1960, a Petrobras mantém parcerias estratégicas com UFRJ, em especial com a Coppe, consolidando uma colaboração pioneira no desenvolvimento de soluções tecnológicas para a indústria de óleo e gás. Atualmente, a parceria alcança números expressivos: mais de 700 parcerias tecnológicas desde a fundação do Cenpes (em 1963), sendo mais de 300 projetos de P&D,I realizados nos últimos 10 anos, com um investimento de cerca de R$ 1,35 bilhão no período. Os resultados incluem 81 pedidos de patentes no Brasil, dos quais 74 seguem ativos, e 164 termos de cooperação vigentes, totalizando mais de R$ 850 milhões contratados.
A Petrobras detém, no total, 1300 patentes ativas e há quatro anos lidera o ranking de pedidos de depósito no país.
Hidratos - Estruturas cristalinas formadas por moléculas de água que aprisionam moléculas de gás, como o metano, dentro de suas cavidades. Quando formados, se parecem com gelo e podem obstruir linhas de produção e injeção. Os hidratos se formam em condições de alta pressão e baixa temperatura, típicas de ambientes submarinos de produção de petróleo.
Parafinas - Moléculas formadas de carbono e hidrogênio que fazem parte da composição do petróleo. Podem ser encontradas em várias formas, desde gases leves até sólidos pesados. Têm diversas aplicações industriais e comerciais, mas seu adensamento nas linhas de produção de petróleo, motivado pela perda de temperatura do fluido produzido, pode gerar danos como perda de carga e até obstrução das linhas.
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