Combustíveis

Petrobras discute redução de preços, mas decisão não é iminente, dizem fontes

Reuters - 04/04/2016
04/04/2016 18:42
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A redução dos preços dos combustíveis no Brasil é um assunto em discussão na Petrobras, mas uma decisão sobre o tema não é iminente, afirmaram à Reuters duas fontes da estatal nesta segunda-feira.

"A possibilidade de redução neste momento não está em discussão, mas esse é um assunto que a gente está sempre avaliando. Não está em discussão na mesa redução de preço agora, de imediato", disse uma das fontes, na condição de anonimato para falar sobre o assunto.

"Não vai reduzir", disse uma segunda fonte, essa integrante do Conselho de Administração da empresa.

Os comentários vieram após informação de que a Petrobras poderia anunciar nesta segunda-feira uma redução dos preços da gasolina e do diesel, segundo publicação, no domingo, do colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo.

As ações da companhia operavam em baixa nesta segunda-feira, com analistas afirmando que uma redução nos preços dos combustíveis seria muito negativa para a Petrobras, uma vez que isso aumentaria pressão sobre o fluxo de caixa da estatal.

Procurada, a assessoria de imprensa da Petrobras informou que a empresa não vai comentar o assunto.

A segunda fonte disse que a informação publicada pelo colunista trata-se de "um balão de ensaio do governo" para "testar a reação" do mercado.

Para o governo, uma redução nos preços dos combustíveis teria impacto favorável para o controle da inflação.

De acordo com a fonte, a informação sobre o anúncio de uma redução nos preços nesta segunda-feira já foi rechaçada "fortemente pelo presidente do Conselho, Nelson Carvalho".

A fonte afirmou que o diretor de Refino e Gás Natural, Jorge Celestino, respondeu a um email direcionado a conselheiros afirmando que não seria realizada uma redução de preços agora.

"Ele (Celestino) disse que não, respondeu por e-mail que não, que não existe nada programado para a redução de preços."

Segundo a primeira fonte, uma decisão sobre o preço agora seria no mínimo precipitada, uma vez que há muitos fatores que podem interferir nos preços internacionais dos petróleo no curto prazo.

"Tem ainda uma reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) (em 17 de abril) sobre produção, que vai direcionar para onde vão esses preços (do petróleo)... mexer agora seria precipitado", completou a fonte.

 

Por Rodrigo Viga Gaier e Marta Nogueira

Fonte: Reuters

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