Infra-estrutura

Petrobras deve construir dique seco na Bahia

Correio da Bahia
28/07/2005 03:00
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Investimentos da ordem de US$80 milhões no estado podem ser anunciados no final do mês de agosto

Na visita à Rlam, Gabrielli confirmou investimentos na Bahia de US$3,8 bilhões

O estado da Bahia está sendo cogitado pela Petrobras para abrigar um dique seco, avaliado em US$80 milhões, para a construção de cascos de plataformas semi-submersíveis do porte da P-35, em operação na Bacia de Campos, com capacidade de estocar 1,5 milhão de barris de óleo e produção de até 180 mil barris diariamente. A informação foi divulgada ontem pelo novo presidente da estatal brasileira, o baiano José Sérgio Gabrielli, que visitou, pela primeira vez, a Refinaria Landulpho Alves (Rlam), em São Francisco do Conde, na condição de presidente da empresa. O economista, que exercia o cargo de diretor-financeiro e de relações com investidores da estatal desde 1º de fevereiro de 2003, substitui José Eduardo Dutra, desde sexta-feira passada.
O dique poderá ser instalado no canteiro de São Roque do Paraguaçu, no município de Maragogipe, reativado no ano passado para abrigar um estaleiro, em fase de obras, pelo consórcio Odebrecht/Ultratec, no valor de R$1 bilhão. A decisão sobre a escolha do local para a implantação do novo projeto da Petrobras, em fase de licitação, deverá ser anunciada no final de agosto.
Durante entrevista coletiva à imprensa, José Sérgio Gabrielli afirmou que a auto-suficiência brasileira na produção de matéria-prima processada nas refinarias do país - algo em torno de 1,85 milhão de barris de petróleo por dia, em média - deve ser alcançada até o final desse ano. "Nós não estamos dizendo que vamos deixar de importar produtos", destacou. Atualmente, a Petrobras produz diariamente uma média de 1,7 milhão de barris.
Na rápida visita a Salvador, Gabrielli ratificou investimentos que já foram anunciados pela Petrobras para a Bahia no ano passado - algo em torno de US$3,8 bilhões, no prazo de cinco anos. A Rlam, segunda maior refinaria do país, possui capacidade instalada de processamento de 307 mil barris de petróleo diários. A unidade receberá investimentos superiores a US$745 milhões, até 2010, para sua adequação ao processamento de óleo pesado - o que vai melhorar a qualidade do diesel e reduzir a produção de enxofre.
Sobre o envolvimento da maior empresa brasileira - a Petrobras registrou no ano passado lucro líquido de R$17,86 bilhões - em supostas irregularidades com contratos firmados com a GDK Engenharia, no valor de R$512 milhões, José Sérgio Gabrielli disse que nada foi comprovado e sugeriu que os rumores não passariam de "ilações". "O TCU (Tribunal de Contas da União) levantou indícios de possibilidades", declarou Gabrielli.
O diretor de Exploração e Produção da Petrobras, Guilherme Estrela, que também participou da coletiva, afirmou que os contratos com a GDK, empresa baiana, são regulares. "São contratos de manutenção, instalação e recuperação na Unidade de Negócios da Bahia. São absolutamente regulares. Abrimos as licitações a várias empresas participantes. São contratos absolutamente rotineiros na nossa operação", pontuou. No cenário macroeconômico brasileiro, a crise política do governo Lula está sendo apontada como a principal causa da alta do dólar - anteontem, foi registrado o maior repique da moeda americana, desde maio de 2004, com cotação fechada em R$2,463.

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