PDVSA

Petrobras decide esperar por definição da PDVSA

Jornal do Commercio/PE
17/02/2009 06:50
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A novela sobre a participação ou não da Petroleos de Venezuela S.A. (PDVSA) na Refinaria Abreu e Lima continua. O ministro das Minas e Energias, Edison Lobão, chegou a dar um ultimato, dizendo que ou a PDVSA aceitava os termos até hoje, 17 de fevereiro, ou a Petrobras seguiria sozinha no empreendimento. Agora, executivos da Petrobras já falam em organizar uma nova reunião na primeira semana de março para definir o tema.

 



"É prevista uma reunião em Pernambuco, possivelmente na primeira semana de março", afirmou o presidente da Abreu e Lima, Marcelino Guedes. Segundo ele, a PDVSA pediu um adiamento do prazo de 17 de fevereiro em virtude do plebiscito ocorrido naquele país no último domingo, que decidiu pela reeleição ilimitada. E, como logo depois entra o período carnavalesco no Brasil, as duas empresas optaram por deixar a decisão para março.

 


A Refinaria Abreu e Lima está sendo construída em Suape com capacidade de processar 230 mil barris por dia, com foco na produção de diesel para o mercado interno e refino de óleo pesado. A previsão é que a PDVSA entrasse com 40% da sociedade e metade do óleo a ser refinado.

 

A documentação técnica está toda pronta, faltando apenas a decisão política de ir em frente e o aporte de recursos por parte dos venezuelanos. A questão empacou pois a PDVSA deseja distribuir diretamente os 40% da produção que lhe cabe no Norte e Nordeste, o que é visto como potencialmente perigoso para a sobrevivência de distribuidoras independentes. Além disso, a estatal venezuelana não aceita usar a referência do petróleo brent com deságio para balizar o preço de comercialização do seu petróleo, que tem menor valor no mercado internacional. Por fim, com a queda da commodity, a PDVSA começou a atrasar pagamentos, como mostra a mídia venezuelana, e ficaria com menor capacidade de aportar no empreendimento de Pernambuco. A refinaria era estimada em US$ 4 bilhões, mas a necessidade de capital poderá ficar no dobro disso, segundo indicam as licitações da Petrobras.

 


Por ironia, a definição por Pernambuco como sede da refinaria foi justamente a decisão do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, em fazer a unidade no Estado. O presidente Lula reconheceu, durante cerimônia para o início da terraplenagem da unidade, em 4 de setembro de 2007, que a disputa política entre os Estados do Nordeste para captar o empreendimento dificultava a decisão da Petrobras. Como o possível sócio minoritário apoiou a localização de Pernambuco, isso facilitou a decisão. O presidente Chávez tratou logo de batizar o empreendimento, dando o nome do general pernambucano que lutou ao lado de Simon Bolívar na libertação da Venezuela. Entretanto, até agora não entrou com um bolívar (moeda venezuelana) no projeto.

 


Todo o investimento está sendo feito pela Petrobras. Setores do governo defendem a entrada da PDVSA como fator de equilíbrio da balança comercial. Dessa forma, a Venezuela venderia petróleo para cá e o Brasil venderia produtos de maior valor agregado para o país andino.

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