Fertilizantes

Petrobras busca ganhar mercado na Argentina

Valor Econômico
20/04/2005 03:00
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Com a inauguração nesta semana de uma nova fábrica de sua subsidiária Pasa, a Petrobras espera ampliar sua participação no mercado de fertilizantes da Argentina. "Nos últimos quatro anos nossa produção cresceu cerca de 40% ao ano, enquanto que o mercado crescia a um ritmo de 10% a 20% anual", disse Leonardo Bryla, gerente da divisão de fertilizantes da filial argentina da Petrobras.
Segundo Bryla, o mercado de fertilizantes líquidos no país é de 500 mil toneladas anuais, e em 2004 a empresa produziu 400 mil toneladas do produto. A intenção da empresa é chegar a atender toda a demanda do mercado local, já que seus únicos competidores são os produtos importados.
A Pasa é a única empresa sul-americana que fabrica fertilizantes líquidos. A produção visa atender majoritariamente ao mercado local, já que os custos de transporte dos fertilizantes líquidos fazem com que o produto perca competitividade em relação aos compostos granulados no caso de grandes distâncias.
A companhia começou a produzir fertilizantes líquidos em 1994, como forma de competir de maneira mais eficiente com seu maior adversário no mercado argentino, a Profértil. A competidora da Petrobras é uma joint venture entre a Repsol e a Agrium e produz apenas compostos granulados em sua fábrica no pólo petroquímico de Bahía Blanca, na província de Buenos Aires. De acordo com Bryla, a estratégia deu certo. Entre 2000 e o ano passado a Pasa quintuplicou sua produção.
A fábrica inaugurada na segunda-feira, na localidade de Campana, província de Buenos Aires, tem capacidade para produzir 140 mil toneladas de tiossulfato de amônio. A construção consumiu investimentos de US$ 15 milhões, e a companhia espera aplicar nos próximos três anos mais US$ 65 milhões no setor de fertilizantes. O dinheiro será gasto na ampliação da produção de amoníaco, construção de instalações para fabricação de produtos à base de fosfato e potássio, armazenamento e logística para distribuição dos produtos ao interior do país.
A cerimônia de inauguração teve a presença do presidente argentino, Néstor Kirchner. "Enche-nos de alegria o compromisso da Petrobras com o país", disse Kirchner. "Tenho que ser absolutamente sincero, tivemos conversas muito duras no começo da minha gestão sobre o papel que considerávamos que deveria ter a Petrobras no nosso país", afirmou, em referência a pressões que exerceu sobre a companhia para realizar mais investimentos. "Graças a Deus, nas diferentes áreas, a empresa está se comprometendo com a Argentina."
O diretor-geral executivo da empresa, Alberto Guimarães, afirmou que a empresa planeja investir US$ 1,5 bilhão no país nos próximos cinco anos, e disse que as negociações para exploração de petróleo em águas profundas, em associação com a estatal energética argentina Enarsa, estão sendo finalizadas.

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