Jornal do Commercio
A Petrobras postergou alguns cronogramas exploratórios no Golfo do México para priorizar projetos na área do pré-sal no Brasil, confirmou o diretor da área Internacional da estatal, Jorge Luiz Zelada. Segundo ele, no entanto, não houve o cancelamento de nenhum projeto internacional, ou mesmo a devolução de blocos na área do Golfo do México para destinar investimentos para o pré-sal.
"Nossos investimentos internacionais foram mantidos em relação ao plano anterior", disse, admitindo em seguida que porcentualmente a área internacional acaba tendo um decréscimo em relação ao plano como um todo, já que não teve expansão no volume de investimentos previstos para o período 2009-2013. O volume total a ser aplicado pela Petrobras na área internacional será de US$ 15,9 bilhões, dos quais 79% serão destinados à exploração e produção fora do País, 8% na área de gás e energia, 7% em refino e petroquímica e 5% em distribuição.
O principal adiamento no Golfo do México, segundo Zelada, foi o desvio de uma sonda fretada da Sevan para atuar nas águas profundas daquela região no ano de 2009. Ela foi destinada a perfurações no entorno de Tupi, na Bacia de Santos. Ao detalhar o plano de negócios da área internacional, Zelada também comentou que a busca por novos negócios na área internacional não está descartada.
"Os planos para refino no país e mesmo os investimentos prioritários do pré-sal não fizeram com que a Petrobras deixasse de analisar novas oportunidades, seja ela onde ocorrerem", disse, citando o exemplo da Namíbia, que, segundo Zelada, é uma nova fronteira com elevado potencial.
Outra oportunidade a ser estudada, disse, é a participação em blocos exploratórios na parte mexicana do Golfo, caso a Pemex decida por abrir esta perspectiva. "Isso ainda está na dependência de decisão da Pemex. Mas, tão logo isso for decidido, estaremos atentos", comentou.
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