Negócios & Cia - O Globo
Na quarta-feira passada, uma missão de venezuelanos entregou ao presidente do BNDES, Luciano Coutinho, as garantias bancárias para que a estatal PDVSA assuma 40% do financiamento que a Petrobras tomou para construir a refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. O BNDES aprovou, um ano atrás, cerca de R$10 bilhões para a Petrobras - R$1 bilhão já teria sido desembolsado. A ideia era que a venezuelana assumisse sua parte, mas faltavam as garantias, o que a estatal de Chávez agora afirma ter apresentado. O próximo passo é o trâmite dos documentos no banco. O BNDES diz que não houve qualquer assinatura sobre a divisão do financiamento.
Estiveram com Coutinho, na sede do BNDES, no Rio, o vice-presidente da PDVSA, Asdrubal Chávez (primo do chefe de Estado), a presidente do Bandes (o BNDES venezuelano), Edmée Betancourt, e o diretor-executivo da PDVSA Brasil, Sérgio Tovar. Para a analista Mônica Araújo, da corretora Ativa, é uma boa notícia que a Petrobras não tenha que arcar com a parte de seus parceiros em um momento em que a estatal brasileira está no limite de seu endividamento e precisa se concentrar em seus próprios desembolsos.
A obra da refinaria foi contestada pelo TCU, mas o governo manteve o projeto. A terraplenagem está quase terminada.
(Maria Fernanda Delmas na coluna Negócios & Cia - O Globo)
Fale Conosco
20