A Fapesp e o Instituto de Ciência e Tecnologia de Paris (ParisTech), da França, assinaram na segunda-feira (28) um acordo de cooperação científica. O objetivo é incentivar o desenvolvimento de projetos conjuntos, em todas as áreas do conhecimento, que poderão incluir a troca de pesquisadores e estudantes de pós-graduação.
O ParisTech é um polo de pesquisa e ensino superior que reúne 12 das principais Grandes Escolas francesas, como a École Polytechnique e a École des Ponts. Segundo o presidente do polo, Cyrille Van Effenterre, a assinatura do acordo manifesta o caráter prioritário das relações com o Brasil na estratégia de relações internacionais da instituição francesa.
“As escolas que compõem o ParisTech querem desenvolver pesquisa colaborando em nível internacional. No país, o estado de São Paulo é parceiro prioritários no nosso esforço de abertura internacional”, disse Effenterre à 'Agência Fapesp'.
O acordo estabelece que a Fapesp e o ParisTech estimulem o intercâmbio de pesquisadores, inicialmente por meio da organização de workshops no estado de São Paulo ou na França. O objetivo é selecionar projetos de pesquisa de interesse para ambas as instituições.
Futuramente, os projetos poderão ser financiados por meio de chamadas de propostas de pesquisa envolvendo a Fapesp e instituições de financiamento da França, como a Agence Nationale de la Recherche (ANR). Além do intercâmbio de pesquisadores entre laboratórios dos dois países, o acordo também procura estimular a troca de jovens pesquisadores no nível de pós-doutorado.
Os workshops deverão ter periodicidade anual, de forma alternada no estado de São Paulo e na França. “Todos os meios são válidos para que as pessoas se encontrem e façam intercâmbios e desenvolvam projetos de pesquisa em conjunto”, disse Effenterre.
“O acordo tem um importante valor simbólico, abrindo uma oportunidade para desenvolver esse intercâmbio dentro de uma estrutura financeira já estabelecida. A visita nos mostrou que a Fapesp e o ParisTech têm maneiras de trabalhar muito próximas. Ficou claro que podemos desenvolver uma colaboração importante, aproveitando o alto nível de excelência das nossas escolas e das instituições paulistas de pesquisa”, destacou Effenterre.