Diante de recente notícia que diz que a Petrobras vai mais que dobrar a produção, chegando a mais de três bilhões de barris, dentro de três anos, Haroldo Lima, diretor-geral da ANP, explica durante o programa Roda Viva que ainda não há nada preci
RedaçãoDiante de recente notícia que diz que a Petrobras vai mais que dobrar a produção, chegando a mais de três bilhões de barris, dentro de três anos, Haroldo Lima, diretor-geral da ANP, explica durante o programa Roda Viva que ainda não há nada preciso. A Petrobras já perfurou 31 poços, significando 70% a 80% de sucesso. Apresentado pelo jornalista Heródoto Barbeiro, o programa vai ao ar hoje, às 22h10, na TV Cultura, sem qualquer corte ou edição.
“Na região de platô, que fica entre São Paulo e Minas Gerais, foram 13 poços perfurados e 13 sucessos. Isso é excepcional”, fala Haroldo, pois, no mundo, a margem é de um sucesso para cada 10. “Em 13, é absolutamente excepcional. É algo vultoso e vai multiplicar muito as nossas reservas”.
O diretor-geral da ANP informa que, hoje “temos 14,7 bilhões de barris de petróleo. Vamos chegar a três ou quatro vezes mais do que isso com o pré-sal”. Sobre o monopólio e a privatização da Petrobrás, Haroldo explica que a primeira pessoa que queria privatizar era Roberto Campos, mas ele não tinha força política. “Quem queria e tinha força era o Luís Eduardo Magalhães”. O monopólio foi quebrado, mas a privatização não aconteceu.
“O modelo de estatal da Petrobrás revelou-se um sucesso no Brasil. Todos os países que não têm petróleo usam contrato de concessão. Todos os países que têm petróleo usam contrato de partilha”, explica Haroldo, falando sobre os modelos de contrato. “Os dois modos são bons para o Brasil: concessão e partilha. No pré-sal, há baixo risco exploratório”. Segundo ele, a Petrosal deve fiscalizar todos os contratos.
Entre tantos pontos polêmicos, Haroldo explica que a Petrobras é uma operadora única. “Ela já é operadora do que é muito importante para o Brasil. Agora, ela tem que ser a operadora do pré-sal. Há 364 campos exploratórios e os 13 poços perfurados são todos da Petrobrás. Operadora é quem controla o conhecimento. Não queríamos que viesse alguém de fora para controlar o conhecimento”.
“A questão é que descobrimos muito petróleo. Temos que avançar nesse terreno”, fala Haroldo.
Entre outros pontos abordados pelo diretor-geral da ANP estão a questão ambiental, já que hoje a Petrobras tem um setor que cuida desse assunto, junto com o Ibama; os carros a diesel; o preço dos combustíveis; a CPI da Petrobrás. Neste último, Haroldo esclarece: "Porque entramos na CPI? Eu, pessoalmente, não sei. Sei que nós saímos de cabeça erguida, com todos os senadores dizendo que foi positivo, foi esclarecedor, os argumentos passados pela ANP”.
Fale Conosco
22