O segundo novo gerador de vapor (GV) da Usina Angra 1 já chegou à Central Nuclear de Angra dos Reis (RJ). As duas peças, de 343 toneladas cada e 21m de comprimento x 4,5m de diâmetro, foram fabricadas pela Nuclep, em Itaguaí (RJ), e viajaram por terra e por mar para chegar ao local. Por conta d
EletronuclearNa madrugada de segunda-feira (7/04), o segundo gerador de vapor (GV) da Usina Angra 1 chegou à Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto, em Angra dos Reis (RJ). As duas peças, de 343 toneladas cada e 21m de comprimento x 4,5m de diâmetro, foram fabricadas pela Nuclep, em Itaguaí (RJ), e estavam viajando desde o dia 1º por terra e por mar para chegar a Angra dos Reis.
Uma carreta especial com 12 eixos e 12 rodas em cada eixo foi utilizada para cobrir os quatro quilômetros de transporte terrestre, da fábrica ao Terminal Marítimo da Nuclep, onde o equipamento foi transferido para uma balsa de 50m de comprimento x 16m de largura, que seguiu até a Central Nuclear.
O investimento foi de R$ 569 milhões, englobando esse total a aquisição, análise de segurança, licenciamento, substituição e armazenamento. A Nuclep foi responsável pela fabricação dos equipamentos, cabendo à francesa Areva NP a engenharia, a aquisição dos materiais e a assistência técnica na fabricação. A Westinghouse foi contratada pela Eletronuclear, mediante licitação, para realizar os serviços de substituição, que devem começar em setembro.
Os GVs são os equipamentos responsáveis pela produção do vapor saturado seco, que movimenta as turbinas geradoras de energia elétrica. A substituição dessas peças, em Angra 1, foi uma decisão tomada pela Eletronuclear, depois da identificação da predisposição para desgaste da liga metálica utilizada nos tubos dos equipamentos, o que exigia freqüentes testes de sua integridade.
O mesmo problema também foi encontrado em outras usinas nucleares no mundo. Oitenta e cinco delas já realizaram substituições semelhantes e, até 2011, outras 20 usinas, incluindo Angra 1, farão a troca destes equipamentos.
A instalação dos equipamentos levará cerca de quatro meses. Com a usina desligada, será feita uma abertura provisória na parede do edifício do reator, por onde sairão os antigos GVs e entrarão os novos. Dispositivos especiais serão utilizados para o içamento e transporte destes equipamentos. Os antigos GVs serão armazenados, de maneira segura, no Depósito Inicial de Geradores de Vapor, no próprio sítio da Central Nuclear, em Angra dos Reis. Segundo a assessoria da Eletronuclear, o local reúne condições ambientais adequadas e, por estar próximo da usina, oferece facilidade e segurança para o deslocamento das peças.
Em preparação para a substituição dos dois GVs, Angra 1 está realizando uma parada programada, tendo sido desligada do Sistema Elétrico Brasileiro no dia 16 de fevereiro, com previsão de retorno à operação no próximo dia 16 de abril. Neste período, os técnicos da Eletronuclear estão realizando a instalação de estruturas temporárias, além de medições e verificações nos equipamentos e, adicionalmente, a inspeção dos GVs em operação.
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