Energia

Novo incentivo oficial à usina de Belo Monte

Jornal do Commercio (PE)
18/08/2010 13:20
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O governo resolveu dar mais uma mãozinha para o consórcio que vai tocar a usina de Belo Monte. As garantias que os controladores da hidrelétrica terão que apresentar ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), para obter o empréstimo para construção da obra, serão incrementadas com a decisão de usar a Eletrobras como compradora da energia destinada ao mercado livre.


No acordo de acionistas que será assinado pelos integrantes do consórcio Norte Energia, vencedor do leilão em abril, a estatal do setor elétrico irá assumir o compromisso de comprar os 20% da energia que deve ser vendida no mercado de grandes consumidores, por R$ 130 o megawatt (MWh). Com isso, a Eletrobras vai elevar a estimativa inicial de faturamento da usina de R$ 2,5 bilhões para R$ 3,5 bilhões. É como base nessa estimativa de receita que o BNDES definirá as condições do financiamento que será dado para a construção da hidrelétrica no Rio Xingu (PA).


A compra da energia destinada ao mercado livre pela Eletrobras foi confirmada anteontem pelo diretor Financeiro e de Relações com Investidores da estatal, Armando Casado de Araújo, durante teleconferência com analistas. “Garantimos a compra da energia como fez a Cemig com (a hidrelétrica) Jirau”, afirmou. O executivo disse ainda que espera anunciar “para o mês” as condições operacionais e de financiamento do projeto.


Segundo Christopher Vlavianos, presidente da Comerc Energia – uma gestora independente que administra 12% da carga de consumidores livres do País –, a posição adotada pela Eletrobras ajuda a equacionar o problema sobre a taxa de retorno do empreendimento, principal reclamação das empresas privadas que chegaram a mostrar interesse no projeto. “O contrato de venda para o mercado livre servirá como um recebível, que respalda o financiamento. Ter um recebível de valor maior para amortizar o empréstimo é sempre melhor”, disse o executivo.


Apesar da presença de empresas privadas no consórcio que venceu o leilão, a usina será administrada, na prática, pelo governo.
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