Golfo do México / Reflexos

Noruega veta novos poços de petróleo e gás no mar

Valor Econômico
09/06/2010 12:16
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A Noruega anunciou a suspensão de novas perfurações de petróleo em águas profundas até que sejam esclarecidos os erros que levaram ao desastre de vazamento no Golfo do México.


O ministro da Energia norueguês, Terje Riis-Johansen, disse que as próximas licenças de perfuração só serão concedidas "tendo em vista o que tivermos aprendido com o Golfo do México". "Não é apropriado concedermos novas licenças em áreas de grande profundidade sem sabermos bem o que aconteceu com a Deepwater Horizon e o que isso significará para as novas regulamentações."


A plataforma de exploração Deepwater Horizon explodiu no dia 20 de abril, matando 11 pessoas, e o poço vem vazando petróleo no mar desde então. A mancha já atinge a costa americana, no que é considerado o pior desastre ecológico da história americana.


A decisão norueguesa é a primeira tomada nesse sentido fora dos EUA por causa do desastre. Em abril, o governo americano suspendeu todas as novas perfurações por um período de sete meses. Segundo a Agência Internacional de Energia, isso custará aos americanos uma diminuição de produção de 100 mil a 300 mil barris por dia.


O Reino Unido disse que não suspenderá sua produção no Mar do Norte, mas decidiu aumentar as inspeções de segurança nas suas plataformas de alto mar e apertar as regras de exploração.
A suspensão norueguesa acontece também num momento em que o país debate a viabilidade de novas explorações, já que a produção no Mar do Norte já declinou 50% desde que alcançou seu pico, cerca de dez anos atrás.


A indústria de petróleo norueguesa quer perfurar no norte do país, perto das ilhas Lofoten, já no Círculo Polar Ártico, numa área importante para a pesca do bacalhau. Alguns dos membros da coalizão de centro-esquerda que governa o país querem evitar que essa área corra riscos de passar por um desastre semelhante ao do Golfo do México.

 


O governo brasileiro não sinalizou a intenção de suspender a prospecção na plataforma continental. (Com o Financial Times)

 

Fonte: Valor Econômico/Agências internacionais

 

 

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