RenovaBio

Mercado de CBios ganhará mais importância em 2021

Redação TN Petróleo/Assessoria Copersucar
30/03/2021 21:47
Visualizações: 1407 (0) (0) (0) (0)

Preocupado com as mudanças climáticas, o mundo caminha a passos largos para uma economia global de baixo carbono, com diversas nações assumindo o compromisso de se tornarem economias carbono neutro. Países como os Estados Unidos, Canadá, Japão e do bloco da União Europeia já se comprometeram com esta meta até 2050. Aqui na América do Sul, o Chile também seguiu o mesmo caminho. A China prometeu neutralidade carbônica até 2060.

Nesse cenário, o mercado de créditos de descarbonização instituído pela Política Nacional de Biocombustíveis (RenovaBio) vem se tornando referência no País e pode servir de exemplo para o mundo em um momento tão importante. No início de novembro, acontecerá a COP-26, em Glasgow (Escócia), onde representantes de diversos países devem aprofundar a regulação da precificação do carbono no mercado futuro, tornando-o uma commodity global.

O programa RenovaBio, que obriga as distribuidoras de combustíveis fósseis a comprar e aposentar os títulos de crédito de carbono (CBios) gerados pelas produtoras de biocombustíveis como forma de compensar suas emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE), passará por um período de crescimento.

Dados recentes do Ministério de Minas e Energia revelam que a quantidade de CBios disponíveis para negociação na B3 alcançou 11,3 milhões na segunda quinzena de março. O resultado é a soma do saldo excedente de 2020 com os títulos registrados nos primeiro meses de 2021, o que representa 46% da meta de 24,86 milhões que as distribuidoras devem cumprir neste ano.

Em 2020, o primeiro de vigência do RenovaBio, foram gerados mais de 18,5 milhões de CBios, superando a meta de 14,89 milhões, dos quais 14,61 milhões foram aposentados (saíram de circulação). O valor dos títulos, que no início da comercialização, em junho de 2020, era de R? 20, chegou a R? 70, mantendo-se em torno de R? 40 durante o ano.

"Sem dúvida, é um mercado competitivo e muito promissor, que vai se ajustando à medida que cresce a participação das distribuidoras", avalia o chefe da mesa de commodities do banco Santander, Boris Gansev. "A expectativa é melhorar ainda mais em 2021, pois haverá mais oferta de CBios no mercado." A instituição financeira, que firmou contrato com a Copersucar para escriturar os CBios emitidos pelas usinas sócias ainda no lançamento da safra 2019/2020, hoje é responsável por quase 80% das escriturações no mercado.

Juntas, as 34 usinas sócias da Copersucar foram as maiores emissoras de CBios em 2020, com cerca de três milhões títulos registrados, equivalente a 18% de todo o mercado de biocombustíveis. Como um CBio corresponde a uma tonelada de poluentes que deixa de ser lançada na atmosfera, a Copersucar tirou 3,1 milhões de toneladas de carbono da atmosfera ou o equivalente a quase 22 milhões de árvores em termos de captura de carbono. Vale lembrar que no caso do etanol proveniente da cana-de-açúcar, todo o processo de produção do combustível chega a ser 90% menos poluente que o da gasolina.

Divulgação

Usinas melhoram Nota de Eficiência Energético-Ambiental

A Copersucar vem apoiando suas associadas produtoras de etanol no aperfeiçoamento da gestão dos indicadores ambientais do RenovaBio, para que melhorem a Nota de Eficiência Energético-Ambiental (NEEA) na recertificação da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o que dá direito a emitirem e comercializarem mais CBios.

"O RenovaBio estimula melhorias de gestão, de rastreabilidade do produto e de aumento dos investimentos em tecnologia, tornando todo o processo produtivo mais eficiente", pontua a gerente de Sustentabilidade e Meio Ambiente da Copersucar, Monica Jaén. "Isso é positivo para as usinas, a companhia, a sociedade e o país, pois a redução de emissões poluentes, além de melhorar a qualidade do ar, contribui para que o país cumpra os compromissos assumidos no Acordo de Paris", analisa, referindo-se à Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2015, a COP-21, realizada na capital francesa.

Mais Lidas De Hoje
veja Também
Pré-Sal
Com 900 mil barris de petróleo por dia, Campo de Búzios ...
18/08/25
Logística
PetroReconcavo e Dislub constroem rota inédita para esco...
18/08/25
IBP
Programa NAVE avança com 21 startups do setor de energia
18/08/25
Bacia de Campos
ANP interdita FPSO Peregrino
18/08/25
Fenasucro
Fenasucro & Agrocana encerra edição com recorde de públi...
18/08/25
Combustíveis
Etanol anidro e hidratado sobem na segunda semana de ago...
18/08/25
Emprego
Firjan alerta: aumento do FOT cria tarifaço fluminense e...
15/08/25
Pré-Sal
PRIO vence disputa por carga de Atapu e pela primeira ve...
15/08/25
Petrobras
Com 225 mil barris/dia, FPSO Almirante Tamandaré bate re...
15/08/25
Resultado
Porto do Rio de Janeiro lidera crescimento entre os port...
15/08/25
Etanol de milho
Biocombustível impulsiona uso do milho e amplia fronteir...
15/08/25
ANP
TIP ANP: 3ª edição do evento debateu temas relacionados ...
15/08/25
Descomissionamento
ABPIP promove debate para otimizar custos e prazos de de...
15/08/25
Fenasucro
Cogeração, biometano e CCS colocam Brasil no centro da t...
15/08/25
Paraná
Petrobras entrega primeiro lote de ARLA 32 na Ansa, em A...
14/08/25
Fenasucro
Biodiesel avança como pilar da transição energética e ga...
14/08/25
Fenasucro
Na FenaBio, Anfavea afirma que com 100% de etanol na fro...
14/08/25
Dutos
Transpetro investe R$ 100 milhões por ano para ampliar a...
14/08/25
Logística
Super Terminais recebe Selo Ouro e tem inventário de emi...
14/08/25
PD&I
Tecnologia brasileira utiliza inteligência artificial pa...
14/08/25
Energia Elétrica
GE Vernova fornecerá subestação de energia para fábrica ...
14/08/25
VEJA MAIS
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.

23