Sexta Rodada

Mais países participam da licitação da ANP

A Sexta Rodada de Licitações promete ter maior êxito do que as rodadas anteriores e atraiu novas empresas e novos países. Segundo o embaixador Sebastião do Rego Barros, diretor da Agência Nacional do Petróleo (ANP), 30 empresas já estão inscritas para participar do leilão em agosto.


22/07/2004 03:00
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A Sexta Rodada de Licitações promete ter maior êxito do que as rodadas anteriores e atraiu novas empresas e novos países. Segundo o embaixador Sebastião do Rego Barros, diretor da Agência Nacional do Petróleo (ANP), 30 empresas já estão inscritas para participar do leilão em agosto. "Na verdade, as 30 empresas de hoje correspondem a umas 45 do passado porque são resultantes das fusões ocorridas nos últimos anos", comenta. 
Segundo Rego Barros, a volatilidade dos preços do petróleo - que tanto castiga os consumidores de combustíveis e pressiona as taxas de inflação - apresenta um lado positivo para a Sexta Rodada de Licitações da ANP: incentiva os investimentos em exploração petrolífera e, portanto, facilita o Brasil a atrair novos investidores.
Além disso, o Brasil mudou a característica de ser um país pobre em hidrocarbonetos para ser um país rico nestes recursos. "As perspectivas quanto às reservas brasileiras de hidrocarbonetos são de que a quantidade de petróleo venha a ser duplicada nos próximos anos, passando de 10,5 bilhões de barris para cerca de 18 bilhões de barris. As reservas de gás natural deverão ser triplicadas, passando de 250 bilhões de m³ de gás para 750 bilhões de m³", diz Rego Barros.
O embaixador lembra ainda que as bacias brasileiras são muito pouco conhecidas e exploradas e que, "bastaria a lei das proporções para o país ser considerado muito promissor". Apenas, 7% das bacias são conhecidas geológicamente e em toda sua história a indústria petrolífera brasileira só perfurou 20 mil poços. No Golfo do México, as empresas norte-americanas já perfuraram cerca de 2 milhões, e o Canadá perfura 20 mil poços por ano.  
A oferta dos blocos azuis, devolvidos pela Petrobras na Rodada Zero, também é um atrativo, assim como a redução do bônus pago pelas empresas para participar do leilão. "Para nós é mais importante que a companhia invista nos blocos do que ganhar o valor do bônus, por isso preferimos reduzir os valores, que estão em torno de R$ 10 mil", avaliou Rego Barros.
Segundo o embaixador, os blocos azuis são atrativos, principalmente porque há mais dados geológicos sobre eles. Rego Barros contestou as críticas da Associação dos Engenheiros da Petrobras (AEPET) e da Sociedade Brasileira de Pesquisa Científica (SBPC). As entidades afirmam que a oferta dos blocos seria lesiva ao país, mas Rego Barros afirmou que este argumento "não corresponde à realidade". "Em nenhum dos blocos azuis foi encontrado petróleo e a Petrobras os devolveu, justamente, por considerar que não valia a pena explorá-los", argumentou. Os blocos azuis correspondem a 7% da oferta total da Sexta Rodada de Licitações, que inclui 913 blocos, 659 no mar e 254 em terra.
As informações foram passadas durante o evento Latin American Oil & Gas, promovido pela AIPN - Associação Internacional dos Investidores de Petróleo, nesta quinta-feira (22/07), no Hotel Marriott.

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