Com alterações no modelo de licitação, a construtora vencedora será proprietára da infra-estrutura ao final da obra, mas Petrobras para percentual do investimento terá usufruto por 10 anos com custos pré-definidos.
Depois de aplacadas as divergências entre Petrobras e o Sindicato Nacional das Indústria de Construção Naval (Sinaval), confome informa o diretor de Serviços da Petrobras, Renato Duque, a licitação do dique-seco para a Petrobras volta à cena e será lançada até o dia 15 de dezembro para que as propostas sejam apresentadas até o dia 30.
Segundo Duque, o modelo de licitação foi alterado para que a empresa construtora do dique mantenha a propriedade da instalação após a construção. No entanto, a Petrobras terá o direito de utilização da infra-estrutura durante 10 anos a um custo pré-definido.
"No modelo anterior de licitação, a financeira Rio Bravo captaria recursos no mercado, faria a licitação na qual a proposta vencedora seria a de menor custo de construção. A Petrobras garantira os investidores, pagaria pela obra durante 10 anos e ao final seria proprietária da instalação", explica
Duque, que acrescenta: "com a alteração, a melhor proposta será a de menor custo de construção e menor percentual a ser cobrado da Petrobras durante 10 anos. Ao final, a empresa construtora mantém a propridedade da instalação."
O objetivo do modelo é garantir à estatal brasileira o direito de utilizar o dique-seco durante o período definido a um custo pré-determinado. "Não faria sentido que nós pagássemos pela obra, ao final o dique é de um estaleiro ou construtora, que nos cobra um valor elevado", analisa.
O investimento no dique-seco é da ordem de US$ 80 milhões e a Petrobras oferece o canteiro de São Roque, na Bahia para todos os interessados. Além de São Roque, Duque acredita que há outras áreas com possibilidades para a construção do dique em Suape (PE), no Espírito Santo e em duas áreas em Rio Grande (RS). "O calado mínimo para a construção de um dique-seco para plataformas é de 12 metros", determina.
O objetivo de Duque é que a plataforma P-55, prevista para entrar em operação em 2008 no campo de Roncador, seja construída neste dique-seco. A licitação da P-55 deverá ser lançada até maio de 2006. Antes, em março de 2006, será lançada a licitação do FPSO-BR P-57, para operar no campo de Jubarte.
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