O Estado do Maranhão
As empresas Engepet e Panergy investirão cerca de R$ 37 mi na Bacia de Barreirinhas, localizada em São Luís/MA
Em visita ontem a São Luís para se informarem em que etapa se encontra o processo de licenciamento ambiental dos projetos de exploração de gás natural no estado, representantes das duas empresas que arremataram áreas na Bacia de Barreirinhas, disseram que, juntos, investirão cerca de R$ 37 milhões para inserir essa fonte limpa de combustível na matriz energética do Maranhão.
Segundo o diretor comercial da empresa Engepet, Cléber Bahia Silva Júnior, a informação que receberam do governo, é que o processo de licenciamento ambiental, de responsabilidade da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), está em fase de conclusão. “A nossa expectativa é de que o licenciamento seja concluído ainda este mês”, disse.
O licenciamento ambiental é pré-requisito para que os empreendedores possam finalmente assinar o contrato de concessão das áreas com a Agência Nacional de Petróleo (ANP). Uma espera de mais de dois anos, desde o arremate das áreas em leilão realizado pela ANP, dia 29 de junho e 2006, no Rio de Janeiro.
Os empreendedores pretendem marcar uma audiência com o ministro das Minas e Energia, Edison Lobão, para apresentar a viabilidade econômica e ambiental dos projetos de exploração de gás natural na Bacia de Barreirinhas. A idéia também é solicitar ao ministro que interceda na ANP para que seja maior celeridade no processo de assinatura do contrato de concessão, tão logo saia o licenciamento ambiental.
Após a assinatura do contrato de concessão, as empresas estimam que a exploração de gás natural seja iniciada entre seis e 12 meses. “É o tempo que precisamos para montar toda a estrutura necessária nos poços para que possamos explorá-los”, explicou João Ricardo Magalhães, representante da Perícia Engenharia.
oeste de canoas O consórcio Engepet/Perícia arrematou a área de Oeste de Canoas, por R$ 3,2 milhões. Os empreendedores deverão investir R$ 21 milhões na aquisição de equipamentos para os poços e em logística de transporte do gás natural de Barreirinhas até São Luís, por meio de caminhões.
Os outros poços de gás natural na Bacia de Barreirinhas estão situados no campo de Espigão, com reserva estimada de 289 milhões de m³. A área foi arrematada pela empresa Panergy por R$ 1,1 milhão. Os investimentos totais para colocar o campo em operação deverão chegar a R$ 16 milhões.
“Essa, hoje, é a opção mais viável, em curto prazo, do Maranhão se inserir no mercado de gás natural”, frisou o sócio-diretor a Panergy, Normando Paz. Ele destacou as vantagens dessa matriz energética, que é uma fonte limpa, sem impactos ao meio ambiente.
Todo o gás natural a ser produzido na Bacia de Barreirinhas será destinado à Empresa Maranhense de Gás (Gasmar), que se encarregará de distribuí-lo ao mercado de São Luís, cujo potencial de consumo é estimado em 2,197 milhão de m³/dia.
A presidente da Gasmar, Telma Thomé Travincas, reforçou a informação de que o gás natural se tornará uma realidade no Maranhão, seja por meio da exploração desses poços na Bacia de Barreirinhas, como também por meio da construção do gasoduto Meio-Norte, de Pecém (CE) até São Luís.
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