Reduc

Iniciada operação de unidade de US$ 1 bilhão

Jornal do Commercio
23/06/2008 12:27
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A Refinaria Duque de Caxias (Reduc), quarta maior unidade de refino da Petrobras, iniciou na última semana as operações de teste da nova unidade de coqueamento retardado, em que o óleo combustível pesado é transformado em diesel, GLP (gás de cozinha), nafta petroquímica e coque. Resultado de investimento de US$ 1 bilhão, a unidade permitirá à refinaria produzir produtos de maior valor agregado.

 

Com isso, foi concluída a primeira fase de investimento da Petrobras na Reduc, voltada para a modernização. A estatal inicia agora a etapa de ampliação da refinaria, com orçamento de US$ 1,5 bilhão.

 

O maior investimento será em projetos do Plano de Antecipação da Produção de Gás (Plangás) dentro da refinaria, no valor de US$ 1 bilhão, o que inclui a construção de uma segunda unidade de fracionamento de líquidos de gás natural (UFL).

 

Segundo o gerente-geral da Reduc, Daniel Teixeira Machado, a unidade de coqueamento retardado entrou em período de condicionamento e partida. Em julho, os derivados começarão a ser regularmente comercializados ao mercado.

 

"O Brasil apresenta grande demanda pelos produtos que sairão da refinaria. Existe mercado para absorver a nova oferta", afirmou Machado, em entrevista ao Jornal do Commercio.

 

A unidade terá capacidade para processar 5 mil metros cúbicos de óleo combustível pesado por dia. Machado explica que 70% de cada litro que entrar na unidade será convertido em diesel, nafta e GLP.

 

Os 30% restantes serão convertidos no coque, produto usado como combustível principalmente em usinas de cimento e como redutor siderúrgico. "Estamos transformando um produto de baixo valor agregado em de alto valor", acrescenta.

 

A capacidade instalada para a produção de coque é de 1,5 mil toneladas diárias. Nos outros produtos, a capacidade diária será de 400 metros cúbicos de GLP, 800 metros cúbicos nafta petroquímica e 2 mil metros cúbicos de diesel.

 

 

A unidade será oficialmente inaugurada nas próximas semanas com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que já esteve na refinaria em 2005 para inauguração de unidade de hidrotratamento de diesel.

 

A inauguração ocorre, contudo, com atraso de cerca de dois anos. As obras da refinaria foram iniciadas em 2003, com conclusão prevista para 2006.

 

No período ocorreram dificuldades como obtenção de licenciamento ambiental e falência de uma empreiteira contratada para a realização das obras, entre outros fatores. Desta forma, o custo de construção da unidade, que era de US$ 615 milhões, chegou a US$ 1 bilhão, aumento de 62%.

 

Machado explica que, além do atraso no licenciamento e dos problemas com uma das empreiteiras, os custos de construção cresceram em conseqüência da elevação de preços de materiais da construção civil nos últimos anos e de ajustes feitos no projeto, de forma a atualizá-lo.

 

"Concluímos, desta forma, a etapa de modernização da refinaria e vamos partir para o processo de ampliação", afirmou o executivo.

 

A Unidade de Fracionamento de Líquidos de Gás Natural (UFL) tem previsão de entrada em operação no segundo semestre do próximo ano.

 

As obras já começaram e encontram-se na fase de estaqueamento. Os US$ 500 milhões restantes serão divididos em projetos como o de tratamento de gasolina, que tem por objetivo reduzir a quantidade de enxofre no produto. "São projetos que aumentam a complexidade da Reduc", acrescenta.

 

Localizada em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, a Reduc produz lubrificantes, gasolina, óleo diesel, querosene de aviação, GLP, bunker e nafta petroquímica. Tem capacidade instalada para processar 242 mil barris diários, embora processe atualmente 243 mil barris. A unidade, considerada uma das mais completas do sistema Petrobras, foi fundada em 1961 pelo ex-presidente Juscelino Kubitschek.

 

Na última quinta-feira, a Reduc lançou programa de qualificação da mão-de-obra Local, durante evento em que também foram assinados os convênios "Cidade da Solda" e "Centro Profissionalizante Duque de Caxias".

 

Será aberto total de 550 vagas em cursos de qualificação de soldadores, caldeireiros, mecânicos de manutenção e eletricistas industriais. O objetivo é formar mão-de-obra local para projetos em curso na região.

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