Valor Online
Antes do primeiro aniversário da aquisição da Ipiranga em parceria com o Ultra, a Petrobras já estuda nova compra. A estatal é uma das seis empresas que apresentaram, na sexta-feira, proposta pela rede de postos da Esso no Brasil ao JP Morgan, banco contratado para a operação. Apesar de nenhuma das interessadas admitir publicamente - a Shell, por exemplo, diz apenas que não comenta "boatos" - também estão no páreo o grupo Ultra/Ipiranga, a Shell, a distribuidora mineira AleSat e os fundos GP Investimentos e Ashmore.
Subsidiária da gigantesca ExxonMobil, a Esso opera no país há 96 anos. Foi autorizada a se instalar dia 17 de janeiro de 1912 por um decreto do presidente Hermes da Fonseca. Já foi a maior do país mas hoje tem 7,2% do mercado brasileiro de combustíveis, segundo dados do Sindicato Nacional das Distribuidoras de Combustíveis (Sindicom). Até agora não são conhecidas as propostas de preço, mas o mercado trabalha com um número básico de US$ 100 milhões por cada ponto percentual de participação no mercado, o que significaria um valor "base" de aproximadamente US$ 700 milhões pela empresa no Brasil, descontadas dívidas e outros passivos.
Fontes do mercado sugerem que entre os interessados, apenas o Ashmore e o GP fizeram proposta pelo pacote completo, que inclui a rede de distribuição (downstream) da Esso no Brasil, Argentina, Chile, Uruguai e Paraguai. Os demais querem apenas a rede brasileira.
Mas não está claro para observadores externos se a Esso vai aceitar vender sua rede isoladamente em cada um desses países, já que a intenção da americana é se desfazer de toda a sua estrutura na América do Sul, mantendo aqui apenas os ativos de exploração de petróleo e gás. A entrega das propostas na sexta-feira foi a segunda etapa do processo de alienação dos ativos.
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