Medida entra em vigor em 6 de agosto e reduz tensões comerciais entre os países; especialista destaca impacto positivo na competitividade e nos investimentos da indústria brasileira de óleo e gás.
Redação TN Petróleo/Assessoria ExcelO governo dos Estados Unidos anunciou nesta semana a imposição de uma nova tarifa de 50% sobre produtos importados do Brasil, mas isentou da medida o petróleo bruto, seus derivados e o gás natural liquefeito. A decisão, que passa a valer a partir de 6 de agosto, foi recebida como um alívio pelo setor de óleo e gás brasileiro, que temia impactos diretos no comércio bilateral e nos investimentos em curso.
Em nota, o Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP) classificou a isenção como um reconhecimento da "especificidade do mercado de petróleo e seus derivados" e da sua "importância estratégica no comércio entre os países". No primeiro semestre de 2025, as exportações brasileiras de petróleo somaram US$2,37 bilhões. Além disso, o Brasil depende da importação de derivados essenciais para o abastecimento interno, o que reforça o peso da decisão para o equilíbrio do mercado. A medida também reduz, ao menos temporariamente, o risco de retaliação tarifária por parte do governo brasileiro, o que poderia afetar a importação de equipamentos estratégicos e tecnologias essenciais para o setor.
Para Carlos Eduardo Silva, especialista e diretor da Excel, empresa líder em gerenciamento de combustível e gestão de frotas, a decisão é coerente com a política externa de Donald Trump. "Trump tem por hábito poupar o petróleo em medidas protecionistas, tanto pelo impacto que uma tarifa teria na inflação americana quanto pelo peso estratégico do setor nas relações comerciais internacionais", afirma.
A Petrobras afirmou que a isenção não altera suas operações atuais no curto prazo, mas que segue monitorando possíveis sanções secundárias ligadas à importação de combustíveis da Rússia. A estatal, que aumentou em 230% suas importações de diesel entre abril e junho de 2025 em comparação ao mesmo período de 2024, destacou que seus principais fornecedores continuam sendo Estados Unidos, Índia e países do Golfo Pérsico.
Apesar da sinalização positiva, o risco de sanções por parte dos EUA sobre países que importam produtos russos permanece no radar. Ontem, o governo americano impôs uma tarifa de 25% à Índia, além de uma multa não especificada, em retaliação à compra de combustíveis da Rússia. O Brasil, que passou a importar diesel russo com descontos desde o início da guerra na Ucrânia, também pode entrar na mira de novas medidas.
"Mesmo com a instabilidade geopolítica, a exclusão do petróleo da nova tarifa é um indicativo de estabilidade para a cadeia energética nacional, que poderá manter seus planos de médio e longo prazo sem o risco de interrupções imediatas", conclui Carlos Eduardo.
Sobre Excel - A Excel é uma empresa brasileira reconhecida por suas soluções inovadoras e qualidade avançada desde 1990. Pioneira no desenvolvimento do primeiro calibrador digital de pneus, tornou-se uma das líderes em controle de abastecimento de combustível, gestão de frotas, medição de tanques de combustíveis e monitoramento ambiental. Com mais de 120 colaboradores diretos, a Excel promove a diversidade e inclusão, buscando inspirar e desenvolver talentos em um ambiente de trabalho respeitoso e alegre.
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