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Agência BrasilO presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, afirmou nesta terça-feira (5), no Rio de Janeiro, que está buscando apoio dos Ministérios da Fazenda e dos Transportes para o Fundo de Marinha Mercante (FMM), cujos recursos são oriundos da taxa de arrecadação de afretamento.
“Vamos equacionar isso. O Fundo da Marinha Mercante é muito importante e precisa apoiar o setor”, prometeu Coutinho. Ele admitiu, entretanto, que há no momento uma sobrecarga de demanda por financiamentos do BNDES na área do petróleo, o que retardou um pouco o questão do FMM.
A diretora do FMM, Débora Martins Teixeira, disse à Agência Brasil que o fundo já tem contratados até 2010 cerca de R$ 9 bilhões para obras da indústria naval consideradas prioritárias pelo Conselho Diretor do Fundo de Marinha Mercante. E acrescentou que haveria, ao final desse período, um saldo em torno de R$ 400 milhões. “O que os ministérios estão tentando é uma forma de aumentar o fluxo de recursos para o fundo, em função da crescente demanda do setor”. Ela salientou, contudo, que o fundo não está sem recursos.
Em nota enviada à Agência Brasil, o Ministério dos Transportes esclareceu que um conjunto de projetos ora em análise pelo Departamento do Fundo da Marinha Mercante deverá somar mais R$ 3 bilhões para investimentos no setor naval até o final de 2010. A assessoria de imprensa do ministério assinalou que esses projetos têm a execução garantida e estão incluídos entre as prioridades do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
“A provável conversão de tais projetos em contratos poderá levar a um déficit transitório de recursos para investimentos somente a partir de 2011”, diz a nota. Por essa razão, o governo federal estaria estudando meios de garantir os recursos necessários para poder manter o fluxo de investimentos por intermédio do Fundo da Marinha Mercante. A procedência desses recursos, porém, ainda não foi definida, assegurou a assessoria.
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