A Companhia de Gás de Minas Gerais (Gasmig) vai iniciar nesta semana as atividades de sísmica 2D nos quatro blocos que explora na bacia de São Francisco, em Minas Gerais. A licença ambiental para a exploração na região foi aprovada no começo deste ano pela Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam).
A empresa também pretende iniciar em junho a perfuração do primeiro poço no bloco que possui na bacia do Recôncavo, na Bahia. Em fevereiro deste ano, a companhia começou a perfurar dois poços em um bloco na bacia Potiguar, no Rio Grande do Norte.
Os primeiros investimentos da Gasmig nos seis blocos são de R$ 25 milhões, dos quais R$ 15 milhões aportados ainda este ano. A empresa possui 24,5% de participação nos blocos. Os demais sócios são Orteng (operadora), Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig), Imetame e Delp Engenharia.
“Existe uma demanda reprimida de gás natural muito grande em Minas Gerais. Poderíamos vender o triplo do volume de gás que vendemos atualmente”, disse nesta quarta-feira o superintendente de Relações com Investidores da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), controladora da Gasmig, Antônio Carlos Braga, em reunião com a Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais (Apimec), no Rio de Janeiro.
Braga explicou que a Cemig está realizando um amplo estudo interno para definir como será sua participação no mercado de gás natural brasileiro. “Quando vemos a cadeia do gás natural, 40% a 50% da agregação do valor estão na exploração e produção”, disse o superintendente.