Assessoria Firjan
Os resultados do PIB divulgados ontem (3/3) confirmaram a forte recessão pela qual passa economia brasileira. A queda de 3,8% do PIB no ano passado é a maior desde 1996. Como se não bastasse, as projeções de 2016 apontam para outro ano de forte retração.
Esse quadro é disseminado, mas afeta com maior intensidade dois determinantes da capacidade de crescimento futuro do país: os investimentos (-14,1%) e a indústria de transformação (-9,7%). Com efeito, ambos voltaram no tempo, o primeiro ao nível de 2009 e o segundo, ao de 2005.
O Brasil precisa de medidas rápidas e eficazes. A primeira delas é a necessária mudança da postura fiscal. Definitivamente, a solução não passa por mais impostos. Pelo contrário, esse remédio já mostrou ter o efeito contrário ao desejado, com efeitos perversos sobre a retomada da atividade econômica e da própria arrecadação de tributos.
Por isso, o Sistema Firjan insiste na necessidade de um plano fiscal de longo prazo que signifique aumento do superávit primário, via redução dos gastos públicos de natureza corrente. Mas isso não basta.
O país não pode mais se furtar de atacar as velhas questões estruturais que afetam a competitividade das empresas nacionais, e que precisam ser levadas à frente, sobrepondo-se à paralisia atual. Somente dessa forma será possível retomar uma trajetória de crescimento sustentável no longo prazo, superando a atual conjuntura negativa.
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