Mão de obra

Falta pessoal qualificado para refinaria Abreu e Lima

Petrobras reduz as exigências contratuais para garantir mão-de-obra local no projeto de Pernambuco. O desafio de construir a Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, obra que representará investimentos totais de US$ 4,05 bilhões, exigiu flexibilidade da Petrobras para a contratação de pessoal no

Gazeta Mercantil
11/09/2007 03:00
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Petrobras reduz as exigências contratuais para garantir mão-de-obra local no projeto de Pernambuco. O desafio de construir a Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, obra que representará investimentos totais de US$ 4,05 bilhões, exigiu flexibilidade da Petrobras para a contratação de pessoal no Estado na primeira fase do projeto, em que serão aplicados R$ 400 milhões em terraplenagem.

Diante das dificuldades relatadas pelo consórcio formado pelas construtoras Odebrecht, Queiroz Galvão, Galvão Engenharia e Camargo Corrêa em encontrar profissionais de perfis que combinassem segundo grau completo com cinco anos de experiência para algumas funções, a estatal decidiu, após reunião realizada no Rio de Janeiro, diminuir as exigências contratuais para garantir a utilização da mão-de-obra local.

"Fizemos uma flexibilização analisando aspectos como a qualidade dos serviços e a utilização máxima dos trabalhadores locais. Reduzimos exigências em algumas pontos onde identificamos que não haverá perda de qualidade", explicou o gerente geral da Refinaria Abreu e Lima, Ricardo Barreto. O projeto da Petrobras prevê a geração de 20 mil empregos no Estado.

De acordo com Barreto, o detalhamento das novas exigências para as funções ficará a cargo do consórcio das construtoras que fará as contratações e irá decidir que equipamentos ou funções precisam de maior experiência. "Flexibilizamos para garantir o uso da mão-de-obra local, antes mesmo de qualquer comprometimento com o cronograma das obras", completou o executivo.

Das 1.028 vagas que devem ser preenchidas de outubro a dezembro deste ano, boa parte é para pedreiros ou serventes de construção, apenas alfabetizados. Segundo o gerente geral da Agência do Trabalho de Pernambuco, Sérgio Pinto, responsável pelo encaminhamento de pessoal para o consórcio, para esses não há dificuldades. A carência aparece em técnicos para operar as máquinas de última geração que serão usadas na terraplenagem (operação prevista para ter início no fim de deste mês) e que devem ter segundo grau completo.

As 334 vagas disponíveis nessa primeira etapa foram priorizadas, inicialmente, para os moradores dos municípios de Ipojuca, Cabo de Santo Agostinho, Jaboatão dos Guararapes, Moreno e Escada, vizinhos ao Porto de Suape, onde será erguida a obra. Mesmo ampliando o leque para todo o Estado, a Agência do Trabalho ficou longe do número de candidatos deveriam ser enviados para as vagas de operadores de máquinas como motoniveladoras, motoscraper e tratores D6 e D8. Dos 60 encaminhamentos previstos para operadores de motoscraper, por exemplo, foram feitos apenas três em agosto. "Existem poucos profissionais que operam essas máquinas, treinados pelos fabricantes, e as grandes construtoras onde eles atuam não vão abrir mão desse pessoal", justifica Sérgio Pinto.
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