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Exxon gira o mundo para resolver escassez de petróleo

Empresa quer turbinar sua produção de petróleo e gás.

Valor Econômico
30/11/2012 14:35
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Exxon gira o mundo para resolver escassez de petróleo
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Petróleo e gás
SEX, 30 DE NOVEMBRO DE 2012 06:18
No mês que vem, imensas escavadeiras vão começar a extrair toneladas de areia rica em petróleo de uma zona de floresta boreal na província canadense de Alberta, para então despejar a areia em caminhões basculantes com caçambas de uns dez metros de altura.
Dali, o material será levado para a central de processamento de areias betuminosas de Kearl, um complexo de US$ 11 bilhões para separação do cobiçado petróleo bruto canadense que, por décadas a fio, garantirá à Exxon Mobil Corp. até 170.000 barris de petróleo por dia.
Maior petrolífera de capital aberto do mundo por valor de mercado, a Exxon aposta no Kearl e em outros 20 novos projetos para turbinar sua produção de petróleo e gás, que despencou no último trimestre para o menor nível em três anos.
Este ano, as ações da Exxon já subiram 3,9%, embora sigam praticamente no mesmo patamar de cinco anos atrás. A ação fechou ontem, na Bolsa de Nova York, cotada a US$ 88,12.
Alguns analistas duvidam que a nova fornada de projetos - que vão da Indonésia à Nova Guiné, passando pelas águas profundas da África Ocidental - seja inaugurada até 2014, como prevê a Exxon, e garanta a injeção de petróleo e gás que a empresa espera. A Exxon calcula que os projetos poderiam aumentar sua produção diária de petróleo em até 880.000 barris, um salto de 22% em relação à atual.
"Atrasos nesse setor são a regra, não a exceção", disse Fadel Gheit, analista da Oppenheimer & Co.
Analistas do UBS estimam que a produção da Exxo cairá 5,7% este ano, comparado com uma queda esperada de 2,9% para a Chevron Corp. e 2,7% para a BP PLC. Já a produção da Royal Dutch-Shell deve subir 2,2%.
Para empresas como a Exxon, ficou difícil produzir mais petróleo porque grandes jazidas em locais de fácil acesso hoje são raras. Além disso, petrolíferas estatais de países como Rússia e China estão mais agressivas, gastando alto para bater empresas ocidentais nos leilões dos melhores projetos.
Lysle Brinker, diretor para o setor energético na consultoria IHS-Cera, diz que a Exxon tem um bom histórico de conclusão de grandes projetos sem grandes estouros de orçamento e prazo.
A Exxon não quis discutir os riscos de atraso em projetos específicos. Em conversas anteriores com analistas e investidores, seus executivos frisaram que a ideia não é elevar a produção da noite para o dia ou em detrimento da lucratividade, mas sim investir em grandes projetos que garantam lucro expressivo a longo prazo.
A verba anual destinada pela Exxon a projetos de exploração e produção subiu bastante: a empresa pretende gastar cerca de US$ 37 bilhões ao ano até 2016, contra menos de US$ 20 bilhões em 2009.
Apesar de a Exxon esperar obter aumentos de produção nos seus projetos na costa da Angola, na Indonésia e na Nova Guiné, o grosso do crescimento previsto até 2014 - 37% - vem de projetos em areias betuminosas canadenses como o Kearl, que a empresa iniciou em 2009.
O problema é que esses projetos de areia betuminosa estão em lugares remotos, que exigem muitos trabalhadores e bilhões de dólares em capital. Outro desafio é levar a produção a clientes fora do Canadá, devido à limitada capacidade de oleodutos.
Um modo de contornar esse problema seria o oleoduto Keystone XL, com capacidade para transportar 700.000 barris de petróleo bruto por dia do Canadá até refinarias na costa do Golfo do México. Mas o projeto vem enfrentando forte oposição de ambientalistas.
A aprovação do projeto foi adiada pelo presidente americano Barack Obama devido a questões ambientais. Agora que as eleições nos Estados Unidos passaram, a expectativa de muitos observadores é de que seja aprovado. É possível, no entanto, que a autorização venha com novas exigências ambientais, o que poderia elevar os custos e retardar a construção de futuros oleodutos para escoar o petróleo de areias betuminosas.
Ainda que todos os novos projetos saiam do papel, o aporte não seria suficiente para compensar a possível saída da empresa de um gigantesco projeto no sul do Iraque, que até 2016 deveria começar a produzir 1,6 milhão de barris diários para a empresa.
Autoridades iraquianas disseram que foram informadas recentemente sobre os planos da Exxon de vender sua participação operacional de 60% no projeto Qurna Oeste. O governo do Iraque havia dito que a Exxon precisa escolher entre operar no sul do Iraque ou na região semiautônoma do Curdistão, ao norte - onde, à revelia de Bagdá, a Exxon firmou um acordo no ano passado para explorar petróleo. A petrolífera não quis comentar sobre seus planos para o sul do Iraque.
Apesar dos desafios enfrentados pela empresa, certos analistas hesitam em apostar contra a Exxon. Eles estimam que investimentos como o do projeto Kearl e o do campo de petróleo americano Bakken Shale, que a empresa comprou por US$ 1,6 bilhão da Denbury Resources Inc., irão ajudar a empresa a se recuperar.
O ano que vem "deve ser melhor" para a Exxon, disse Pavel Molchanov, analista da Raymond James & Assoc. Sua expectativa é que a produção da petrolífera suba 3%.No mês que vem, imensas escavadeiras vão começar a extrair toneladas de areia rica em petróleo de uma zona de floresta boreal na província canadense de Alberta, para então despejar a areia em caminhões basculantes com caçambas de uns dez metros de altura.

 

No mês que vem, imensas escavadeiras vão começar a extrair toneladas de areia rica em petróleo de uma zona de floresta boreal na província canadense de Alberta, para então despejar a areia em caminhões basculantes com caçambas de uns dez metros de altura.

 

Dali, o material será levado para a central de processamento de areias betuminosas de Kearl, um complexo de US$ 11 bilhões para separação do cobiçado petróleo bruto canadense que, por décadas a fio, garantirá à Exxon Mobil Corp. até 170.000 barris de petróleo por dia.

 

Maior petrolífera de capital aberto do mundo por valor de mercado, a Exxon aposta no Kearl e em outros 20 novos projetos para turbinar sua produção de petróleo e gás, que despencou no último trimestre para o menor nível em três anos.

 

Este ano, as ações da Exxon já subiram 3,9%, embora sigam praticamente no mesmo patamar de cinco anos atrás. A ação fechou ontem, na Bolsa de Nova York, cotada a US$ 88,12.

 

Alguns analistas duvidam que a nova fornada de projetos - que vão da Indonésia à Nova Guiné, passando pelas águas profundas da África Ocidental - seja inaugurada até 2014, como prevê a Exxon, e garanta a injeção de petróleo e gás que a empresa espera. A Exxon calcula que os projetos poderiam aumentar sua produção diária de petróleo em até 880.000 barris, um salto de 22% em relação à atual.

 

"Atrasos nesse setor são a regra, não a exceção", disse Fadel Gheit, analista da Oppenheimer & Co.

 

Analistas do UBS estimam que a produção da Exxo cairá 5,7% este ano, comparado com uma queda esperada de 2,9% para a Chevron Corp. e 2,7% para a BP PLC. Já a produção da Royal Dutch-Shell deve subir 2,2%.

 

Para empresas como a Exxon, ficou difícil produzir mais petróleo porque grandes jazidas em locais de fácil acesso hoje são raras. Além disso, petrolíferas estatais de países como Rússia e China estão mais agressivas, gastando alto para bater empresas ocidentais nos leilões dos melhores projetos.

 

Lysle Brinker, diretor para o setor energético na consultoria IHS-Cera, diz que a Exxon tem um bom histórico de conclusão de grandes projetos sem grandes estouros de orçamento e prazo.

 

A Exxon não quis discutir os riscos de atraso em projetos específicos. Em conversas anteriores com analistas e investidores, seus executivos frisaram que a ideia não é elevar a produção da noite para o dia ou em detrimento da lucratividade, mas sim investir em grandes projetos que garantam lucro expressivo a longo prazo.

 

A verba anual destinada pela Exxon a projetos de exploração e produção subiu bastante: a empresa pretende gastar cerca de US$ 37 bilhões ao ano até 2016, contra menos de US$ 20 bilhões em 2009.

 

Apesar de a Exxon esperar obter aumentos de produção nos seus projetos na costa da Angola, na Indonésia e na Nova Guiné, o grosso do crescimento previsto até 2014 - 37% - vem de projetos em areias betuminosas canadenses como o Kearl, que a empresa iniciou em 2009.

 

O problema é que esses projetos de areia betuminosa estão em lugares remotos, que exigem muitos trabalhadores e bilhões de dólares em capital. Outro desafio é levar a produção a clientes fora do Canadá, devido à limitada capacidade de oleodutos.

 

Um modo de contornar esse problema seria o oleoduto Keystone XL, com capacidade para transportar 700.000 barris de petróleo bruto por dia do Canadá até refinarias na costa do Golfo do México. Mas o projeto vem enfrentando forte oposição de ambientalistas.

 

A aprovação do projeto foi adiada pelo presidente americano Barack Obama devido a questões ambientais. Agora que as eleições nos Estados Unidos passaram, a expectativa de muitos observadores é de que seja aprovado. É possível, no entanto, que a autorização venha com novas exigências ambientais, o que poderia elevar os custos e retardar a construção de futuros oleodutos para escoar o petróleo de areias betuminosas.

 

Ainda que todos os novos projetos saiam do papel, o aporte não seria suficiente para compensar a possível saída da empresa de um gigantesco projeto no sul do Iraque, que até 2016 deveria começar a produzir 1,6 milhão de barris diários para a empresa.

 

Autoridades iraquianas disseram que foram informadas recentemente sobre os planos da Exxon de vender sua participação operacional de 60% no projeto Qurna Oeste. O governo do Iraque havia dito que a Exxon precisa escolher entre operar no sul do Iraque ou na região semiautônoma do Curdistão, ao norte - onde, à revelia de Bagdá, a Exxon firmou um acordo no ano passado para explorar petróleo. A petrolífera não quis comentar sobre seus planos para o sul do Iraque.

 

Apesar dos desafios enfrentados pela empresa, certos analistas hesitam em apostar contra a Exxon. Eles estimam que investimentos como o do projeto Kearl e o do campo de petróleo americano Bakken Shale, que a empresa comprou por US$ 1,6 bilhão da Denbury Resources Inc., irão ajudar a empresa a se recuperar.

 

O ano que vem "deve ser melhor" para a Exxon, disse Pavel Molchanov, analista da Raymond James & Assoc. Sua expectativa é que a produção da petrolífera suba 3%.

 

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