Agência Estado
Quito - O governo equatoriano e a Petrobras concordaram em encerrar o contrato para o Bloco 31, que será transferido para o Estado, informou o presidente do Equador, Rafael Corrêa. "Outra boa notícia para os equatorianos... Após duras negociações com a Petrobras, e embora tenha US$ 200 milhões em investimentos, nós conseguimos que a empresa transferisse o Bloco 31 para o Equador. O Bloco 31 é agora dos equatorianos novamente. Está nas mãos da Petroecuador", disse Corrêa, durante comentário semanal, sem dar mais detalhes.
O Bloco 31 tem 200 mil hectares, uma parte dentro do Parque Nacional Yasuní, que a Unesco declarou como uma reserva da biosfera mundial. A Petrobras não havia iniciado a produção no bloco.
Fontes do governo disseram que a Petrobras concordou em transferir o Bloco 31 porque as mudanças no imposto sobre lucros inesperados tornaram o negócio não lucrativo. O governo anterior, de Alfredo Palacio, determinou que, quando o preço do petróleo subisse além dos custos operacionais, a fatia do governo nesse excedente seria de 50%. O atual governo, de Rafael Corrêa, elevou esse porcentual para 99%.
Bloco 18
O ministro de Minas e Petróleo do Equador, Galo Chiriboga, disse que a Petrobras continuará negociando mudanças para seu contrato do Bloco 18, embora no mês passado o ministro tenha dito que a petrolífera brasileira havia concordado em mudar imediatamente seu contrato de participação atual.
"As negociações para o Bloco 18 estão avançando. Eu acho que conseguiremos chegar a um acordo em breve para introduzir algumas mudanças ao contrato de participação para melhorar os benefícios para o Estado e em um ano alterar o contrato para um dos serviços", disse Chiriboga. A Petrobras atualmente produz cerca de 32 mil barris de petróleo por dia no Bloco 18, mas tem de entregar 51% desse montante para o Equador.
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