Estaleiros

Estaleiros temem corte no segmento de offshore

<P>A estimativa da entidade, que tem 18 empresas associadas, é de que há espaço para a Petrobras contratar a construção de 12 PSVs (Plataform Supply Vessel) e, em um segundo momento, 20 AHTS (Anchor Handling Tug Supply). Os AHTS são equipados com guinchos e atuam como rebocadores e no posicion...

Valor Econômico (Francisco Góes)
02/08/2006 00:00
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A estimativa da entidade, que tem 18 empresas associadas, é de que há espaço para a Petrobras contratar a construção de 12 PSVs (Plataform Supply Vessel) e, em um segundo momento, 20 AHTS (Anchor Handling Tug Supply). Os AHTS são equipados com guinchos e atuam como rebocadores e no posicionamento de âncoras das plataformas. Estas embarcações custam o dobro de um PSV, que opera como barco de transporte nas atividades offshore.

É preciso aproveitar que os preços dos navios de apoio, no Brasil, são favoráveis na comparação com o mercado internacional, muito aquecido na atualidade, e contratar a construção dos novos PSVs, sem perder tempo, diz Lima. Na segunda quinzena de julho, a Petrobras abriu as propostas para a construção de PSVs com capacidade de transporte de duas mil toneladas. Poucos dias antes, a estatal divulgou a classificação da licitação para os navios de 3 mil e 4,5 mil toneladas, mas ainda não anunciou quando pretende contratar.

O gerente executivo da área de serviços de Exploração e Produção da Petrobras, Erardo Gomes Barbosa Filho, negou que haja atraso no processo de contratação dos PSVs. Os prazos iniciais de validade das propostas estão em dia, afirmou. Barbosa disse que, após a abertura das propostas comerciais e decorridos os prazos legais de recursos, a comissão de licitação está analisando as propostas e definindo, em função dos preços ofertados (por tipo e porte de equipamento) e da demanda atual da empresa, o número de embarcações a ser contratado. A operação depende de aprovação pela diretoria executiva da estatal.

Pelo modelo de negócio em vigor no setor, os armadores disputam as licitações e os ganhadores constroem os navios, a maioria deles subcontratando estaleiros já que não possuem instalações próprias. Como garantia do investimento, os armadores têm contratos de afretamento e operação de longo prazo (oito anos) com a Petrobras. Nos PSVs de 3 mil toneladas, foram classificadas sete empresas. O preço ofertado pelo primeiro colocado, para o afretamento à Petrobras, foi de US$ 13 mil por dia. No exterior, o custo diário do mesmo navio é de US$ 28 mil.

Luiz Maurício Portela, diretor-presidente da Companhia Brasileira de Offshore (CBO), do grupo Fischer, atribui a demora na contratação dos navios a uma mudança jurídica nos contratos. Houve uma alteração no processo tributário das licitações, diz. Até agora as empresas assinavam um contrato que incluía o afretamento e a operação dos navios. A partir destas últimas licitações haverá um contrato para afretamento e outro para a operação. A CBO será a proprietária dos navios e vai criar uma outra empresa, para operá-los.

A CBO ficou em terceiro lugar na classificação geral dos PSVs de 3 mil toneladas e na mesma posição na de 4,5 mil toneladas. A Petrobras pode encomendar navios a todos os classificados. Se a decisão da Petrobras (sobre a contratação dos novos PSVs) não sair até fim de agosto demitiremos cerca de 100 empregados do estaleiro que trabalham na área de aço, diz Portela. Empresa de navegação que se verticalizou, comprando o antigo estaleiro Ebin, rebatizado como Estaleiro Aliança, a CBO tem hoje 11 embarcações de apoio offshore em operação, nas quais investiu cerca de R$ 200 milhões, entre recursos próprios e financiamentos.

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