<P>A Companhia Libra de Navegação - especializada no transporte de cargas em contêineres na América do Sul - poderá ser o segundo cliente do Estaleiro Atlântico Sul (EAS), que já conta com uma encomenda de dez navios suezmax da Transpetro. Ontem, durante visita do gerente-executivo do Program...
Jornal do Commercio/PEA Companhia Libra de Navegação - especializada no transporte de cargas em contêineres na América do Sul - poderá ser o segundo cliente do Estaleiro Atlântico Sul (EAS), que já conta com uma encomenda de dez navios suezmax da Transpetro. Ontem, durante visita do gerente-executivo do Programa de Modernização e Expansão da Frota da Transpetro (Promef), Arnaldo Arcadier, às obras do empreendimento em Suape, o diretor industrial do EAS, Reiki Abe, revelou que a Libra está fazendo um estudo para a contratação de dois navios porta-contêineres e está negociando com o EAS.
“O estaleiro também está interessado na segunda fase do Promef, mas estamos fazendo prospecções entre os armadores privados porque a encomenda da Transpetro ocupa apenas 30% da nossa capacidade de processamento de chapas, que é de 100 mil toneladas de aço por ano”, observa Abe. Adquirida em 1999 pela chilena Companhia Sul-americana de Vapores, a Libra conta com uma frota de 30 navios e está renovando suas embarcações.
Do lado da Transpetro, Arnaldo Arcadier, também adianta que até o dia 15 de outubro a estatal deve definir o formato do Plamef 2, detalhando o número e os tipos de navios. A primeira fase foi montada com horizonte até 2015 e a contratação de 26 navios, a segunda vislumbra um cenário até 2020 e poderá ultrapassar a previsão inicial de 16 navios. “Num primeiro momento vamos priorizar os navios petroleiros, gaseiros e de produtos, mas com capacitação tecnológica poderemos, no futuro, construir também navios de GNL (gás natural liquefeito), que têm conteúdo tecnológico mais complexo e maior valor agregado”, diz.
As primeiras chapas de aço do estaleiro começarão a ser processadas até outubro de 2008, com o primeiro navio sendo lançado ao mar em julho de 2010. “O último dos dez navios encomendados pela Transpetro deve ser entregue em março de 2013, mas queremos antecipar para o final de 2012”, diz Abe.
Hoje, 300 pessoas trabalham na obra do estaleiro. Morador da Ilha de Tatuoca, o encarregado de montagem Luciano Ferreira comemora as oportunidades de emprego em Suape. Depois de conseguir uma vaga na obra do Cais 4, ele está trabalhando no estaleiro. “Consigo garantir uma renda de R$ 990 por mês e estou vivendo bem com a minha família”, diz.
O soldador José Cláudio Ferreira voltou para a sua terra natal depois de 17 anos morando em Cubatão (SP). Com vários cursos e experiência em siderúrgicas e indústria naval, ele decidiu regressar quando soube das oportunidades. “Minha família está toda aqui. Só eu estava desgarrado. Tenho esperança de refazer minha vida na minha terra”, diz.
Fonte: Jornal do Commercio/PE
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