Folha de Pernambuco
O projeto de implantação de uma usina de siderurgia da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) no Complexo Industrial Portuário de Suape, em Pernambuco, com investimento orçado em US$ 4,5 bilhões, ganhará velocidade. O presidente da multinacional, Benjamin Steinbruch, vai enviar para o governador Eduardo Campos, na próxima semana, uma carta com a confirmação da decisão de investir no Estado. A notícia foi dada pelo secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado de Pernambuco, Fernando Bezerra Coelho, ontem, durante o almoço do Grupo de Executivos do Recife (Gere). Na ocasião, o secretário recebeu como homenagem o Troféu Armando Monteiro Filho, entregue pelo próprio ex-ministro da Agricultura. O diretor executivo da Folha de Pernambuco, Paulo Pugliesi, representou o presidente do Grupo EQM, Eduardo Monteiro, no evento.
Como a CSN, controladora da Transnordestina Logística S.A., já resolveu as pendências de financiamento para a ferrovia Transnordestina, a pauta para tratar sobre novos investimentos da multinacional ficou aberta, sem impedimentos. "A CSN agora quer solicitar junto ao Governo do Estado o apoio do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para o financiamento da siderúrgica e espera um posicionamento mais claro do banco em relação ao crédito", disse Bezerra Coelho.
A estimativa é que, inicialmente, no ápice da construção física da siderúrgica, sejam contratados mais de mil funcionários. Depois, na primeira fase, o número de empregos gerados passaria para 3,2 mil, sendo 800 diretos e 2,4 mil indiretos. Mas em 2014 a geração de postos de trabalho atingirá 5,6 mil diretos e 16,8 mil indiretos.
A planta da siderúrgica, que será instalada em um terreno de 337 hectares, em Suape, deve ser implementada no Estado em três fases. Depois de concluída a primeira, a planta terá capacidade de 500 mil toneladas de aços longos e planos por ano para atender o mercado interno. Depois de encerrada a expansão das outras duas fases, a siderúrgica poderá produzir até 3,5 milhões de toneladas de aço. A previsão é que o faturamento alcance a ordem de R$ 1 bilhão por ano e a arrecadação atinja R$ 20 milhões anualmente.
As matérias-primas serão carvão, minério de ferro e pelota. O escoamento da produção, como o transporte da matéria-prima, está previsto para acontecer através da Transnordestina e do Porto de Suape.
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